Juiz mentiu em tribunal para prejudicar a ex-companheira
O magistrado alegou a incapacidade do pai da ex-companheira para fazer o testamento.
© Reuters
País Minho
Um juiz do tribunal de Famalicão foi acusado do crime de falsidade de testemunho. O Ministério Público imputa aquele ilícito ao magistrado por este, a 19 de setembro de 2013, ter dito, enquanto testemunha num julgamento, que o pai da ex-companheira não estava em condições quando fez um testamento a favor da filha.
O Jornal de Notícias informa que o juiz Vítor Costa Vale também faltou à verdade ao dizer que não conhecia o teor de uma escritura em que o irmão (toxicodependente recuperado) da então companheira aceitava ceder à irmã a sua parte da herança.
Em troca, a empresária do ramo da ourivesaria Alexandra Pinto Basto declarava dar 600 mil euros, uma casa e uma renda mensal vitalícia de 500 euros ao irmão, conforme o desejo do pai.
No entanto, o engenheiro de Mira, proprietário de um vasto e valioso património, José Ferreira Pinto Basto, estava na posse das faculdades psíquicas. E o juiz conhecia os termos do negócio da sua namorada com o irmão. Sendo que foi Vítor Vale quem deu o conselho jurídico a José Ferreira Pinto Basto.
O juiz terá mentido para se vingar do fim da relação, para tal procurou prejudicar a ex-companheira ajudando o irmão desta com o relato falso em tribunal.
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