O facto de a filha de sete anos ter começado a mostrar problemas na escola, ter surgido com marcas, além de falta de apetite, levou um pai a esconder um gravador na mochila da filha. A gravação, essa, foi mostrada a uma advogada que não chegou a ouvi-la até ao fim. Mas o que ouviu já deverá servir de base para apresentar queixa.
O caso revelado pelo Jornal de Notícias aconteceu na Escola EB1 de Ortigueira, em Palmeira, e envolve uma professora que é também a diretora da escola.
A advogada Paula Vieira assumiu o caso e conta ao mesmo jornal que não conseguiu ouvir a gravação inteira. "São várias horas, em que se ouvem palavras feias, berros e ruídos, que podem ser chapadas ou palmadas, não é perfeitamente identificável", descreve.
A professora visada, Maria Almeida, não chegou a responder a questões. Já o pai da menina, António Mateus, diz-se "transtornado com o que descobriu".
Entretanto, já foi enviado um fax a relatar o sucedido à direção do agrupamento escolar, à Câmara de Braga, ao cuidado da vereadora da Educação, Lídia Dias, bem como um pedido de abertura de um "processo de averiguações", antes de ser apresentada queixa-crime.
A menina, entretanto, tem estado em casa sem ir às aulas, estando ainda a receber apoio psicológico.