Meteorologia

  • 16 ABRIL 2024
Tempo
23º
MIN 13º MÁX 26º

Ministro da Educação sem experiência? “Poderá não trazer vícios"

Estratégia reivindicativa da FENPROF passa pela “defesa da escola pública, pela melhoria das condições de trabalho e pela valorização do exercício profissional”.

Ministro da Educação sem experiência? “Poderá não trazer vícios"
Notícias ao Minuto

23:55 - 27/11/15 por Patrícia Martins Carvalho

País Mário Nogueira

O secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, deu uma entrevista ao jornal da plataforma sindicalista na qual frisou que a pretensão da coligação Portugal à Frente para o setor da Educação era a de “prosseguir, aprofundar e consolidar as políticas anteriores”.

“Esta seria a legislatura da consolidação de políticas devastadoras, por exemplo, para a Escola Pública de matriz democrática”, afirmou, acrescentando que o “programa estava construído sobre duas traves mestras: rever a Lei de Bases do Sistema Educativo e concretizar a reforma do Estado que, aliás, carecia da revisão da Lei para ser viabilizada”.

No que concerne diretamente aos professores, Mário Nogueira referiu que o programa do PSD e CDS “previa manter os problemas que criou ou agravou: a instabilidade provocada pela não vinculação ou pela ameaça da mobilidade especial; o alargamento dos concursos de base local, ou pela escola ou pela câmara; os cortes salariais, pelo menos até 2019, e o congelamento das carreiras; a iníqua PACC; os horários de trabalho que já ninguém aguenta e constrangem a atividade pedagógica dos docentes; também em relação à aposentação não existia qualquer abertura para negociar um regime excecional para os professores”.

Perante este cenário, as expectativas relativamente ao novo Executivo, que na quinta-feira tomou posse, são “positivas”, embora “dependam de três condições que deverão verificar-se”.

E estas condições, referiu, passam pela “competência da FENPROF para apresentar propostas, pela abertura do Ministério da Educação e do Governo para a negociação e também pela capacidade da FENPROF para agir e lutar pela obtenção dos objetivos fixados”.

Sobre o ministro da Educação, Tiago Brandão, Mário Nogueira admitiu que lhe “falta experiência política e também na área da Educação (…), mas isso não é, necessariamente, um problema”.

“Poderá até ter a vantagem de não trazer consigo preconceitos, rotinas e vícios”, concluiu.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório