No momento em que decorre a sétima avaliação trimestral do Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional ao programa de assistência financeira a Portugal, que começou na segunda-feira, Eugénio Fonseca defendeu que o comportamento do Governo devia ser “mais afirmativo” junto da troika.
“Os nossos governantes, porque são representantes do povo e estão lá nessa condição, que façam sentir à troika que se há ainda que recuperar mais receita, então que a procurem aplicando princípios de equidade que, até agora, não têm sido evidentes”, sustentou.
O presidente da Cáritas sublinhou que durante esta sétima avaliação o Governo deve ainda pedir à troika “que esteja consciente de que é necessário começar já a abrir caminhos para o investimento em Portugal, de tal maneira que comece a surgir aquilo que o povo anseia: a criação de postos de trabalho”.
Afinal, acrescentou, “o flagelo do desemprego nos últimos três anos tem sido uma constante imparável”, algo que é preciso "estancar" porque "é ele que está a arruinar as famílias portuguesas e nada tem sido feito, pelo contrário”.
Eugénio Fonseca deixou ainda uma recomendação sobre o alargamento do prazo de cumprimento do memorando, defendendo que este deve acautelar duas exigências: “que não acarrete mais juros sobre a dívida e, se possível, que se reequacione o montante desses juros”.