Dois homens – um de 51 anos, com o cargo de director substituto do serviço, e o outro de 47 com a função de adjunto do chefe de sala –
foram acusados pelo Ministério Público de se aproveitarem das funções de chefia no Casino de Espinho para conseguirem aceder ao sistema informático das máquinas de modo a ficarem com o dinheiro destas, escreve o Jornal de Notícias.
Estes esquemas remontam aos meses de Abril a Julho de 2011. O primeiro decorreu durante uma falha do sistema EZPAY, que permite a determinadas máquinas de jogo emitir senhas para que o montante seja levantado no balcão. Esta suposta falha técnica durou 20 minutos e nesse espaço de tempo foram emitidas várias senhas, muitas aproveitadas pelos dois ex-funcionários, tendo um deles emitido guias manuais para justificar a diferença de saldo entre máquinas e o saldo da caixa, tendo, assim, arrecadado perto de 3.000 euros.
O segundo esquema deu-se após o funcionário com cargo de director ter conseguido o código de acesso do inspector principal dos jogos que o levou ao IGS – International Gaming Sistem –, o sistema imposto pelo Estado nos casinos que permite recolher o controlo das receitas. Com o código, o acusado acedeu a uma máquina que tinha 485 euros, retirando o dinheiro. O JN avança que este esquema foi repetido por várias vezes, tendo os dois cúmplices conseguido amealhar cerca de 4.400 euros.
Estes dois alegados problemas técnicos permitiram o desvio de um bolo total na ordem dos 7.500 euros, repartido em duas fatias pelos ex-funcionários.