A história que se segue pode parecer um verdadeiro enredo de cinema. Mas não é e aconteceu em território nacional.
Os seus protagonistas são Mário, de 50 anos, e Tânia, de 36 anos. Ele é um criminoso perigoso que em 1990 foi condenado a 24 anos de prisão por vários assaltos à mão armada. Ela é uma mulher apaixonada que se tornou sua cúmplice.
O homem foi autorizado a realizar saídas precárias de quatro dias a partir de janeiro de 2014. Mário quis ocupar esses dias com mais do que encontros amorosos, conta o Diário de Notícias, e decidiu voltar às teias do crime.
Assim, a partir de 20 janeiro realizou uma série de assaltos, entre os quais à Barclays Bank da Avenida de Roma, em Lisboa (1.600 euros), Millenium BCP do Forte da Casa, em Vila Franca de Xira (670 euros), Banif da Avenida da Igreja, em Alvalade (570 euros), Banif do Seixal (520 euros), Millenium BCP de Monte Abrãao em Queluz (331 euros) e Santander Totta de Benavente (137 euros).
A distância entre cada assalto começou a levantar suspeitas na Unidade Nacional de Contraterrorismo de que o autor de assaltos fosse um recluso e este foi o primeiro passo para começar a desvendar o caso.
Depois disso, e num novo assalto, desta vez ao Banco Popular, uma testemunha viu Mário a entrar num carro e identificou a condutora: Tânia.
A partir daqui a vida dos dois passou a ser controlada pela PJ e a 6 de outubro, num novo assalto, os dois criminosos foram surpreendidos quando se preparavam para entrar no carro com quase 15 mil euros na mão.
Os dois foram detidos e o Ministério Público acusou Mário de 11 crimes de roubo agravado. Tânia foi também acusada por ter participado em dois assaltos e está agora na prisão feminina de Tires.