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"É erro tremendo aumentar número de rádios a operar quando não há mercado"

A Associação Portuguesa de Radiodifusão (APR) acusou esta quarta-feira, Dia Mundial da Rádio, o Governo de se preparar para abrir licenças para novas rádios para satisfazer autarcas e políticos, numa altura em que o sector está em crise.

Notícias ao Minuto
Lusa
13/02/2013 15:29 ‧ há 12 anos por Lusa

País

APR

"Suspeitamos que o Governo vá abrir concurso para novas rádios e é um erro tremendo aumentar o número de rádios a operar quando não há mercado para as existentes", afirmou à agência Lusa José Faustino, presidente da APR.

O responsável vai mais longe, dizendo que as novas licenças são resultado de "influências" exercidas junto do Governo para a abertura de novas rádios em ano de eleições autárquicas.

"Esta suspeita levanta-se com a atitude tomada pelo deputado Mendes Bota ao querer uma rádio para Faro, concelho onde já existiram três rádios, que não se aguentaram do ponto de vista económico. Suspeitamos também de mexidas para Alter do Chão e para dois concelhos do distrito de Vila Real", concretizou José Faustino.

Questionado pela Lusa, o secretário de Estado Adjunto dos Assuntos Parlamentares, que tutela o sector, não confirmou a intenção de abrir novos concursos, escusando-se a tecer comentários.

"Se o motivo são as eleições autárquicas, de nada serve abrir rádios, porque abrir concursos, concorrer, analisar candidaturas e instalar uma rádio nunca demora menos de nove meses até a rádio começar a operar", sublinhou.

De acordo com a APR, 20 rádios perderam o alvará em 2012, em resultado da crise no sector, e muitas estão a passar por problemas financeiros, sendo obrigadas a reduzir trabalhadores e despesas.

"A situação das rádios tem vindo a piorar, porque ao baixar o consumo interno, há menos vendas, logo menos investimento em publicidade e menos receitas para as rádios", apontou.

Face ao contexto, a APR entregou ao Governo um documento 'Em Defesa das Rádios Portuguesas', no qual propõe "um programa Simplex para o sector", com medidas que passam, por exemplo, pelo financiamento das rádios com parte da percentagem da taxa de audiovisual para incentivar a produção própria de conteúdos informativos e culturais.

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