Meteorologia

  • 23 ABRIL 2024
Tempo
20º
MIN 13º MÁX 24º

Cidadãos de Santarém "abraçam" refugiados em ação de "afeto"

O movimento de cidadãos de Santarém 'No Coração da Cidade' promove, na sexta-feira à noite, no Largo do Seminário, naquela cidade, uma ação de "solidariedade e afeto" para com os migrantes.

Cidadãos de Santarém "abraçam" refugiados em ação de "afeto"
Notícias ao Minuto

16:05 - 10/09/15 por Lusa

País Sexta-feira

Manuela Marques, uma das fundadoras do movimento, disse hoje à agência Lusa que o objetivo da ação é "trabalhar as consciências" e sensibilizar os cidadãos de "uma cidade presa nas rotinas" e que "continua muito amorfa ao que acontece" em seu redor e no mundo.

"As terríveis imagens de morte de migrantes, que nos chegam, todos os dias, fazem-nos agir em solidariedade e afeto", afirma o "comunicado explicativo da ação", que cita o refrão da "Cantata da Paz", de Sophia de Mello Breyner, "Vemos, Ouvimos e Lemos. Não podemos ignorar!".

Para Manuela Marques, é preciso que os cidadãos se consciencializem que as pessoas que fogem da guerra "fogem, legitimamente, da fome e da morte" e que, em qualquer momento da História, podem ser eles próprios a viver essa situação.

"É necessária uma resposta cidadã e uma pressão sobre os países europeus para que passem a aceitar pedidos de asilo nas suas embaixadas e se criem corredores humanitários legais, para retirar as pessoas das redes mafiosas de tráfico humano e evitar milhares de mortos no Mediterrâneo", afirma o comunicado.

O texto lembra que Portugal tem "a tradição de acolher pessoas em situação de necessidade", pois "já o fez com os austríacos, na última guerra, fê-lo com os refugiados da Bósnia e, mais recentemente, com estudantes sírios" e, por isso, "tem obrigação de fazer tudo para que sejam concedidos vistos humanitários, para que as famílias despedaçadas se possam reunir e para que se fomentem programas de inserção no trabalho, com respeito pela dignidade".

Com lugar ao silêncio -- num convite, mais do que à oração ou à meditação, a um "abraço" e a uma manifestação de afeto para com os refugiados -, a ação programada para sexta-feira terá espaço para serem ouvidas oito músicas portuguesas que falam da emigração, intercaladas por curtas intervenções, tanto dos promotores da iniciativa como de pessoas do público, disse Manuela Marques.

"Aos que sobreviveram, estendemos os braços, aos que morreram, na travessia, à procura da oportunidade de continuarem vivendo, rendemos homenagem. Todos são filhos e pais de alguém, como nós e os nossos filhos. São seres humanos a quem foi negado o direito de viver, no lugar a que pertencem", frisa o comunicado.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório