Arquivo da Irmandade dos Clérigos do Porto está disponível online
O Arquivo da Irmandade dos Clérigos do Porto, com mais de 100 mil páginas, está agora disponível online, depois de uma equipa de arquivistas passar um ano a organiza-lo, digitalizá-lo e descrevê-lo.
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País Digitalização
"O arquivo está agora salvaguardado e ao serviço da humanidade", afirmou o presidente da Irmandade dos Clérigos, Américo Aguiar.
O arquivo histórico em suporte papel, com mais de 300 anos de história, está guardado na Casa da Prelada, estrutura da Santa Casa da Misericórdia do Porto, por esta dispor de tecnologias de conservação e segurança.
A história da Igreja e Torre dos Clérigos, `ex-líbris do Porto, da autoria do arquiteto italiano Nicolau Nasoni está disponível a qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo através da página de internet - http://portal.cehr.ft.lisboa.ucp.pt/arquivos/index.php.
"O arquivo é um tesouro para tratar, trabalhar e disponibilizar, não para guardar num lugar escondido e inacessível", frisou Américo Aguiar.
A responsável pelo projeto de digitalização, Helena Osswald, explicou à Lusa que o trabalho durou cerca de um ano, tendo começado em junho de 2014, e envolveu três arquivistas diplomadas.
"É um arquivo muito grande, ocupando 13 metros lineares de prateleira", frisou.
Segundo Helena Osswald, o acervo da Irmandade dos Clérigos tem maços de documentação avulsa, cadernos e livros, tendo sido feito um "enorme" trabalho de organização.
Neste "minucioso" trabalho, a coordenadora lembrou terem tido a "ajuda" de um inventário datado de 1975, realizado por uma pessoa no âmbito de uma licenciatura.
"Não seguimos a ordem do inventário porque, atualmente, devem ser cumpridas os princípios da arquivologia", salientou.
Para evitar o "uso impróprio" dos documentos disponibilizados, todas as páginas têm uma marca de água, uma impressão transparente.
Além da apresentação do arquivo `online´, foi inaugurado durante a manhã a "Coleção Cristos" num novo espaço da Igreja dos Clérigos que reúne "mais de 400 imagens" de Cristo doadas à instituição.
De madeira, marfim, prata ou pintados em telas, os mais de 400 cristos ali expostos de diferentes formas e tamanhos foram doados à Irmandade por António Manuel Cipriano de Miranda, homem que nasceu em Baião em 1933 e estudou no Porto.
A mostra retrata "a vida de Cristo contada cronologicamente", desde o século XII até ao século XX, disse Américo Aguiar.
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