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Estatuto da Vítima não se esgota na transposição de diretiva europeia

A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, disse hoje que a proposta de lei que estabelece o Estatuto da Vítima não se esgota na transposição da diretiva comunitária, explicando que esta tem "especial preocupação para com as crianças".

Estatuto da Vítima não se esgota na transposição de diretiva europeia
Notícias ao Minuto

17:00 - 26/06/15 por Lusa

País Teixeira da Cruz

Paula Teixeira da Cruz sublinhou que o diploma, hoje discutido no parlamento, tem particular atenção para com as crianças e para com as crianças que são vítimas de abusos sexuais.

Durante a discussão, o deputado socialista Jorge Lacão acusou a ministra de ter feito uma transposição "minimalista", considerando que o que Paula Teixeira da Cruz levou "não passa de uma aparência de reforma".

Também o deputado comunista António Filipe acusou a ministra de ter apresentado um Estatuto da Vítima "incompleto" e que necessita de mais medidas para merecer o nome de estatuto.

O estatuto agora criado determina que esta seja ouvida pelo juiz de instrução mesmo que não se tenha constituído como assistente e autonomiza o conceito de vítima que passa a poder constituir-se como assistente, cabendo-lhe também o direito de oferecer provas e de ser ouvida.

A proposta de lei, que altera o Código de Processo Penal, estabelece ainda que vítima é não só a pessoa diretamente atingida pela prática de um crime, mas também aqueles que a cercam e que sofreram consequências com isso, nomeadamente o cônjuge, a pessoa com quem ela vive em união de facto, parentes em linha reta, irmãos ou pessoas a cargo.

Por outro lado, incluem-se na categoria de "vítimas especialmente vulneráveis" as vítimas de criminalidade violenta e criminalidade especialmente violenta, as crianças, os idosos ou aqueles que tenham especiais problemas de saúde que requeiram este estatuto.

Porém, e apesar da ministra ter ido ao parlamento para falar do Estatuto da Vítima, a polémica em torno do pedido feito por funcionários superiores do Ministério da Justiça a dirigentes da administração pública para analisarem o programa eleitoral socialista e identificarem as medidas que já foram ou vão ser tomadas pelo Governo acabou por ser o assunto mais debatido.

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