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Portugal deve cativar "jovens altamente qualificados"

A presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, Elvira Fortunato, defendeu hoje que os "jovens altamente especializados" devem ser cativados, para que não abandonem o país.

Portugal deve cativar "jovens altamente qualificados"
Notícias ao Minuto

12:21 - 10/06/15 por Lusa

País Elvira Fortunato

Ao intervir na sessão solene comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Lamego, Viseu, a investigadora lembrou que, nos últimos anos, o país conseguiu "dar um salto quantitativo e qualitativo na área da formação de jovens recursos humanos extremamente especializados e competentes", mas que "muitos deles estão a ficar esquecidos".

"Não podemos desperdiçar esta mais-valia e há que tirar retorno do grande investimento que foi feito, caso contrário outros farão isso por nós. Não podemos deixar que jovens altamente especializados abandonem Portugal", frisou.

Na sua opinião, estes jovens podem sair de Portugal "por opção, mas não por obrigação".

"Devemos saber cativá-los e fazer com que os criadores e empreendedores potenciem todo o seu dinamismo a construir um Portugal de futuro que queremos e ambicionamos para todos", acrescentou.

A catedrática da Universidade Nova de Lisboa considerou que "a criação de valor através do conhecimento é hoje um dos ativos mais importantes" de Portugal.

"O nosso futuro passará pela transferência das qualificações dos nossos jovens para as empresas, para que produzam resultados concretos na criação de técnicas e de produtos inovadores, estimulando a economia e a criação de emprego", referiu.

Elvira Fortunado realçou que Portugal não tem ouro, petróleo, nem diamantes, mas tem "um legado para deixar às novas gerações, que pode ficar seriamente comprometido, pois a universidade no seu todo está demasiado envelhecida".

"Não tem havido rejuvenescimento nos últimos anos e vai chegar a uma altura em que grande parte do conhecimento construído durante as últimas gerações não será transmitido às futuras", alertou.

A investigadora aproveitou para lembrar o antigo ministro Mariano Gago, que morreu em abril, e que "teve a visão e a ousadia de fazer uma aposta na área da ciência, como mola motora do desenvolvimento e criadora de riqueza substantiva".

"Se calhar, eu hoje estou aqui devido a ele. Teve um papel interventivo e muito assertivo na área da ciência, não só em Portugal mas também na Europa", frisou.

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