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Mau tempo e queda de grua dificultam desobstrução de linha férrea

A queda de uma grua e as condições climatéricas estão a dificultar a remoção dos escombros dos comboios que embateram, na noite de segunda-feira, à entrada da estação de Alfarelos/Granja do Ulmeiro, no concelho de Soure (Coimbra).

Mau tempo e queda de grua dificultam desobstrução de linha férrea
Notícias ao Minuto

18:18 - 23/01/13 por Lusa

País Soure

Dezenas de técnicos e operários continuavam, ao princípio da tarde de hoje, a trabalhar no sentido de desobstruir a ferrovia (Linha do Norte), cortada à circulação de comboios, cujos passageiros estão a ser transportados, em autocarros, entre Pombal e Coimbra, de acordo com fonte da CP.

“Além do mau tempo, que não ajuda nada”, a queda da grua, na madrugada desta quarta-feira, “veio complicar” a desobstrução da via, disse à agência Lusa um dos operacionais destacados para o local.

A CP não prevê quando será possível retomar a circulação, salientando que “estão a ser desenvolvidas diligências para encontrar alternativas”, mas “há inúmeras contrariedades, nomeadamente as condições climatéricas”.

À Granja do Ulmeiro, vila onde se situa a estação ferroviária, a algumas centenas de metros de Alfarelos, continuam a aparecer, “de vez em quando”, um ou outro curioso, mas a sua presença não se tem feito sentir na actividade económica da localidade, segundo os comerciantes contactados pela agência Lusa.

“O movimento é praticamente o mesmo do costume”, afirma Adelaide Rodrigues, funcionária do restaurante ‘Casa dos Frangos’, admitindo, no entanto, que “talvez haja mais alguns clientes por causa dos jornalistas” que ali acorrem.

“Não temos tido mais gente”, assegura Paulo Costa, proprietário do ‘Smile’s bar’, lamentado que “nem na noite do acidente se notou” qualquer acréscimo na procura do seu estabelecimento, a poucas dezenas de metros da estação ferroviária. “Nessa noite vieram cá muitos curiosos”, mas esses “só atrapalham” e não “vêm para gastar dinheiro”, sustenta.

Para os habitantes de Granja do Ulmeiro, “o maior problema” resultante do acidente está relacionado com a circulação automóvel, lamenta Paulo Costa, apontado a interrupção do trânsito na Rua da Estação (principal artéria da vila), determinada ao início da manhã de hoje, para permitir o acesso e manobras de máquinas, como “o maior contratempo” para quem ali vive.

No ‘Gare Café’ “nota-se mais algum acréscimo do movimento, mas nada de anormal”, afirma Elvira Cadete, proprietária do estabelecimento, referindo que esse aumento de clientes provocado pelo acidente não passa “apenas de um ligeira” melhoria da facturação.

Sobre o embate dos comboios propriamente dito, José Granizo considera, enquanto observa as manobras de máquinas e intervenções dos técnicos no local, que “o choque foi uma estupidez”.

O acidente “não teve jeito nenhum”, atendendo aos meios e tecnologias de comunicação e sinalização de que a CP e a Refer dispõem, sustenta aquele habitante de Granja do Ulmeiro, afirmando que o embate dos comboios ocorreu “porque houve um erro”, embora não tenha dados para especificar, reconhece.

O embate de um comboio intercidades na retaguarda de um regional, parado à entrada da estação de Alfarelos/Granja do Ulmeiro, na segunda-feira, pelas 21h15, provocou 13 feridos ligeiros, assistidos nos Hospitais da Universidade de Coimbra, além de oito outros que receberam tratamento e/ou assistência psicológica de equipas do INEM, mobilizadas para o local do acidente. Já todos os feridos tiveram alta médica.

O Governo ordenou à Refer e à CP a abertura de um inquérito para apuramento das causas deste acidente. As conclusões preliminares devem ser conhecidas na quinta-feira.

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