Apesar de haver menos roubos de carros, continua a crescer o número de carros que, uma vez furtados, nunca mais aparece. De 20.300 roubos em 2010 passou-se a 13.700 em 2014. Porém, 50% dos veículos furtados nunca são encontrados.
De acordo com o Jornal de Notícias esta é uma taxa que está diminuir e atrai criminosos de outras 'áreas', como do tráfico de droga. O motivo? O furto de automóveis é pontual e dificilmente recebe demasiada atenção, sendo que para isso este tipo de crime dispõe agora de uma organização diferente por via de grupos criminosos organizados. A PJ, a PSP e a GNR já apreenderam mais de uma centena de veículos em operações de desmantelamento de grandes grupos, e sabem que atualmente as viaturas têm dois destinos possíveis: o mercado interno e externo.
O mercado interno é abastecido com cerca de 80% dos veículos roubados, sendo que estes ou são viciados e posteriormente revendidos a stands ou particulares, ou são desmantelados e as peças são vendidas a sucatas ou até lojas.
“É um fenómeno em crescimento devido à crise. As pessoas querem pagar o mínimo possível pelas peças,” explica uma fonte ao mesmo jornal. Já no mercado externo, as viaturas têm como destino o norte de África, seguindo por diversas vias como o porto de Roterdão, na Holanda, ou através de Espanha.
O método também é conhecido. O carro é 'marcado' na rua e só é furtado horas antes de ter lugar o desmantelamento ou o transporte. Entre as marcas de carros mais frequentes a nunca serem recuperados encontram-se a BMW, a Renault, Volkswagen e Mercedes.