Serafim Martins, líder do grupo Feira dos Tecidos, que alegadamente terá lesado o Estado em dezenas de milhões de euros, tinha controlo sobre mais de 100 contas bancárias, revela o Jornal de Notícias.
O dono do grupo empresarial era titular ou procurador das contas ligadas a diversas empresas investigadas pela Polícia Judiciária do Porto juntamente com as Finanças. As empresas não tinham ligação entre si, mas eram comandadas pela mesma pessoa, havendo um controlo total feito por Serafim Martins.
Suspeito de crimes de associação criminosa, fraude fiscal e branqueamento de capitais, o empresário tinha do seu lado dois contabilistas, vários advogados que constituíram as empresas e offshores e também um funcionário da Autoridade Tributária Aduaneira.
A operação Fazenda Branca deteve sete pessoas ligadas ao grupo Feira de Tecidos e, segundo o Jornal de Notícias, é ainda suspeito um chefe de equipa da Direção de Finanças do Porto que não está entre os detidos.
As diligências prosseguem este sábado no Tribunal de Instrução Criminal do Porto e as medidas de coação deverão ser conhecidas após os suspeitos serem ouvidos.