Segundo a organização, da responsabilidade da Obra de Caridade ao Doente e ao Paralítico de Paredes, vão participar pessoas de vários concelhos da região do Vale do Sousa, a maioria de Paredes e Penafiel.

A logística da peregrinação envolve mais de 80 voluntários que prestarão apoio, viajando em 41 viaturas de vários tipos.

Ao longo dos cinco dias, os peregrinos vão poder contar com a ajuda de enfermeiros, bombeiros socorristas e pessoal responsável pelas refeições e segurança, entre outras atividades.

Verónica Marinho, da organização, contou à Lusa que os peregrinos vão partir cerca das 7:00 de quarta-feira, após uma missa a realizar na Igreja Matriz de Paredes.

Para o padre Feliciano Garcês, presidente da Obra de Caridade ao Doente e ao Paralítico, aquela atividade permite aos peregrinos "formar uma verdadeira comunidade cristã".

A primeira paragem da peregrinação está prevista para Vila Nova de Gaia. Nos dias seguintes, os caminhantes farão paragens para pernoitar em Oliveira de Azeméis, Águeda, Coimbra e Pombal.

Para cada etapa está previsto percorrer cerca de 40 quilómetros, durante seis horas.

Nas últimas semanas, vários grupos participaram em caminhadas de preparação para a dureza da longa peregrinação.

Segundo a organização, a pessoa com mais idade do grupo, um homem de 83 anos, cumpriu a totalidade das 30 peregrinações a Fátima. A mulher mais velha do grupo tem 76 anos e há 27 que participa na atividade.

A chegada ao santuário está prevista para a tarde de segunda-feira, dia 11.

"Além do esforço e da fadiga mental e física que percorre cada um dos peregrinos, é de facto indescritível o sentimento que percorre cada um de nós. É um ato de renovação de fé, porque a fé também se renova", comentou à Lusa o peregrino Fernando Deus.

O grupo passará duas noites em Fátima num acampamento instalado junto à Capela de Santa Luzia, regressando no dia 13, após as celebrações.

José Silva, peregrino desde 1990, disse ser o elemento que zela pelo bem-estar dos peregrinos, fechando o cordão que sai de Paredes.

"Sou uma espécie de carro vassoura. Compete-me verificar que ninguém se perde ou fica para trás", contou.