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Enfermeiros julgados por receber horas extra sem trabalhar

Um casal de enfermeiros e a superior hierárquica começaram hoje a ser julgados em Bragança por cobrarem, durante quatro anos, mais de 13.500 euros de horas extraordinárias sem prestarem serviço ao antigo Centro Hospitalar do Nordeste.

Enfermeiros julgados por receber horas extra sem trabalhar
Notícias ao Minuto

12:17 - 21/04/15 por Lusa

País Macedo de Cavaleiros

O casal tinha cargos de adjuntos da antiga enfermeira diretora, à época dos factos, em unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de Macedo de Cavaleiros, e foi apanhado, segundo a acusação, numa auditoria, e alvo de um processo disciplinar e procedimento criminal.

Os três arguidos são acusados de dois crimes continuados de peculato e dois crimes continuados de falsificação de documento e incorrem em penas que podem ir até três anos de prisão.

Segundo o Ministério Público (MP), o arguido foi nomeado adjunto da enfermeira diretora no hospital de Macedo de Cavaleiros e a arguida adjunta na Unidade de Cuidados Continuados, também naquela localidade.

Na altura dos factos, os três hospitais (Bragança, Mirandela e Macedo de Cavaleiros) desta região estavam integrados no Centro Hospitalar do Nordeste, que veio a ser substituído pela Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, que atualmente gere todas as unidades de saúde, incluindo os cuidados primários.

A enfermeira diretora é acusada de ter proposto sem o conhecimento do Conselho de Administração a atribuição de horas extraordinárias aos dois adjuntos.

De acordo ainda com a acusação, o casal registou e recebeu, pelo menos entre 2008 e 2011, um total superior a 13.500 euros de horas extraordinárias "sem que tivesse prestado trabalho efetivo, nem comparecendo ao serviço".

As quantias - prossegue o MP - "foram autorizadas pela enfermeira diretora" que "não tinha poderes para propor e autorizar tais pagamentos".

"A competência era do Centro Hospitalar a quem não foi dado conhecimento", acrescenta.

O casal de enfermeiros, com 52 e 49 anos, repôs parte do dinheiro, cerca de seis mil euros, segundo a acusação, quando foi alvo de um processo disciplinar, na sequência da auditoria que detetou a alegada fraude.

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