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Secretária de Estado acusa alguns militares de pararem "no tempo"

A secretária de Estado da Defesa acusou hoje alguns militares de pararem "no tempo", recusando as críticas da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) às alterações aos regimes específicos de assistência na doença dos seus familiares.

Secretária de Estado acusa alguns militares de pararem "no tempo"
Notícias ao Minuto

18:34 - 16/02/15 por Lusa

País Berta Cabral

"É uma situação que se arrasta há muito tempo e que agora se encontra resolvida. Os militares pararam um pouco no tempo, eles ainda estão em 2005, gostariam que os subsistemas fossem gratuitos. Mas eles já não são gratuitos desde 2005, não é de agora", disse a secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, Berta Cabral, em declarações à Lusa.

Esta manhã, a AOFA acusou o Governo de estar "em guerra" com os militares, lamentando que "para além do desconto de 3,5%" para os subsistemas ADM [Forças Armadas e GNR] e SAD [PSP], haja agora "mais um desconto suportado por um estranhíssimo algoritmo (3,5% sobre 79% da remuneração base do militar) que mais não é do que um expediente para extorquir uma fatia mais do já parco rendimento dos militares".

O comunicado surge na sequência da aprovação na quinta-feira em Conselho de Ministro da possibilidade de "cônjuges ou unidos de facto dos beneficiários, titulares dos subsistemas ADM [Forças Armadas e GNR] e SAD [PSP]" se inscreverem "nesses mesmos subsistemas, mediante o pagamento de uma contribuição".

À Lusa, a secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional lembrou que o diploma agora aprovado foi discutido com os sindicatos e que resolve uma situação que se arrasta desde 2005.

"Desde 2005 que os cônjuges dos militares que trabalham não podem continuar na ADM. A ADM só abrange os cônjuges desempregados ou os cônjuges que não trabalham e os que trabalham no setor privado não podem manter-se na ADM e com este diploma nós resolvemos essa situação", esclareceu, sublinhando que a adesão à ADM é "voluntária".

"Por muito que compreenda e compreendo que as pessoas gostassem de continuar a ter uma assistência médica gratuita, a verdade é que foi o Governo de 2005 que alterou essa situação - nós agora só estamos a resolver um problema para abranger os familiares que entretanto foram colocados fora do subsistema, aqueles que trabalham na privada", insistiu.

A partir de agora, precisou Berta Cabral, além dos 3,5% por cento que cada militar paga, o cônjuge passará a pagar 3,5% sobre 79% do vencimento do militar, caso também pretenda aderir ao sistema de saúde.

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