FMI quer limitar subsídio de desemprego a 419 euros
No relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) constam algumas sugestões para a atribuição do subsídio de desemprego, nomeadamente a imposição de um limite de 419,22 euros ao fim de dez meses. Uma medida que permitiria uma poupança anual entre os 300 e os 600 milhões de euros.
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País Reforma do Estado
O FMI entende que o actual limite máximo de 1.048,05 euros do subsídio de desemprego é muito alto, apesar da redução no ano passado (antes era 1257,66 euros), e não incentiva o regresso ao trabalho. Nesse sentido, propõe um limite de 419,22 euros ao fim de dez meses para todos os beneficiários.
Em relação à duração do subsídio, o FMI defende também que deve ser alvo de alterações. Actualmente, a atribuição pode chegar a dois anos e meio para os trabalhadores com mais idade e com carreiras contributivas mais longas, o que corresponde a mais cerca de um ano em relação à média da União Europeia.
Segundo o relatório da instituição de Christine Lagarde, divulgada quarta-feira, a aplicação destas medidas permitiria ao Estado uma poupança entre os 300 e 600 milhões de euros, que podia abranger mais beneficiários, nomeadamente jovens desempregados.
Esta é mesmo uma das preocupações manifestadas pelo FMI, a fraca cobertura desta prestação social aos mais novos.
Recorde-se que já no ano passado, o Governo reduziu não só o valor máximo do subsídio de desemprego, bem como a sua duração, passando de 38 para 26 meses, ao mesmo tempo que reduziu o tempo de descontos (de 15 meses para um ano) para a atribuição deste apoio.
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