Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
14º
MIN 13º MÁX 19º

GNR condenado por abandonar comandante numa patrulha

Um militar da GNR, agora em Mirandela, foi condenado a dois meses de prisão, pena substituída por 60 dias de multa à taxa diária de sete euros, por abandonar o comandante numa patrulha quanto exercia funções em Valpaços.

GNR condenado por abandonar comandante numa patrulha
Notícias ao Minuto

16:20 - 09/01/13 por Lusa

País Valpaços

Segundo a acusação a que a Agência Lusa teve acesso, o arguido, de 43 anos, estava escalado para o serviço de patrulha às ocorrências do dia 26 de Março de 2009, entre as 01h00 e as 09h00, por troca acordada com outro militar.

A chefiar a patrulha estava, na qualidade de comandante, um cabo.

"Pelas 04h00, junto à zona industrial de Valpaços, em pleno patrulhamento, o arguido, por sua iniciativa, livre e conscientemente, abandonou estas suas funções, saindo da viatura, não mais a ela regressando e dirigiu-se, sem para tal ter qualquer motivo legítimo, para o posto", lê-se.

A acusação realça que o militar "bem sabia" não poder abandonar a patrulha, porque colocava em causa a prontidão operacional necessária ao patrulhamento.

Por seu lado, a defesa revela que, depois de darem uma volta pela cidade, o comandante da patrulha, superior hierárquico, pediu ao militar, que conduzia a viatura, para irem até à central de camionagem e estacionar.

Entretanto, explica, o comandante "deitou o banco e cerrou os olhos".

O arguido insistiu duas vezes para continuarem a patrulha e, à terceira vez, o comandante disse: "se queres policiar vai tu, deixa-me em paz".

O militar saiu da viatura, foi até ao posto a pé e deu conhecimento da situação ao atendimento, que substituía o comando de posto, e continuou o patrulhamento com outra viatura.

"Cerca das 07h00, e como já estavam a chegar os motoristas dos autocarros, o arguido dirigiu-se ao posto e alertou o atendimento para que fosse ele a chamar/acordar o comandante", afiança.

Minutos depois, salientou, o comandante compareceu no posto e continuaram a patrulha juntos até à hora de saída.

O advogado, António Ribeiro Barbosa, afirmou à Lusa que o militar foi condenado por trabalhar ou querer trabalhar, pelo que vai recorrer da sentença.

A queixa, revelou, foi motivada por uma denúncia anónima que deu origem a um processo disciplinar, anulado duas vezes por determinação do Comando Geral da GNR.

Mas, acrescentou, na última vez entenderam que o comportamento do militar podia configurar um crime e seguiu-se o processo judicial.

O Ministério público (MP), explicou o causídico, pediu a absolvição do arguido, mas, "estranhamente", foi condenado porque o juiz entendeu que devia ficar no carro a acompanhar o "superior dorminhoco".

Recomendados para si

;
Campo obrigatório