"Somos humanos, não coelhos. Os coelhos não ponderam"

Os bons católicos “não devem procriar como coelhos”. Francisco pediu ponderação e responsabilidade e usou as palavras certas para que as pessoas percebam a ideia. Quem o diz são os teólogos Anselmo Borges e Teresa Toldy que, ao Público, defendem que as declarações do Papa “são importantes” e podem fazer “toda a diferença”. E mesmo com muitos filhos, há famílias que também concordam.

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Notícias Ao Minuto
21/01/2015 08:10 ‧ 21/01/2015 por Notícias Ao Minuto

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O Público foi falar com três famílias que, mesmo numerosas, veem verdade e consciência nas palavras do Papa Francisco. Os bons católicos “não devem procriar como coelhos” e Rita Líbano Monteiro, mãe de seis, concorda: “Não se é melhor católico por se ter muitos filhos”.

Nas suas palavras, Francisco pedia uma “paternidade responsável”, algo que para Noel e Rita Asseiceiro não é uma crítica. Com cinco filhos, este casal não vê um julgamento nas palavras do Sumo Pontífice mas, ao Público, reforça a ideia de que “somos humanos e não somos coelhos. Os coelhos não conseguem ponderar” e que não há contradição entre uma família numerosa e a paternidade responsável.

E foi esse mesmo exemplo dos coelhos que o teólogo e professor universitário Anselmo Borges deu numa aula: “Se pensam que os católicos estão obrigados a reproduzir-se como coelhos, estão muito enganados”.

Já a teóloga Teresa Toldy destaca que o exemplo dado pelo Papa ganha força “pela forma como diz”, pela “linguagem” usada. “Os outros papas nunca disseram isto assim, [Francisco] utiliza uma linguagem que faz toda a diferença. As pessoas percebem o que ele diz. Não precisam de um dicionário de teologia”, justifica, lembrando que, nos dias de hoje, ainda existem católicos que pensam na máxima “crescei e multiplicai-vos”.

“Não é o facto de ter muitos ou poucos filhos que é indicativo de se ser ou não bom católico, enquanto pai e mãe, é qualidade”, disse Toldy. A ideia é partilhada por Mafalda Calvão, católica e mãe de seis filhos – todos eles planeados – que, ao Público, defende que as declarações de Francisco “não têm nada contra o que a Igreja defende”, pois apenas pedem uma “paternidade responsável”.

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