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Condutores querem ser ressarcidos por colisões com veado e javali

Dois automobilistas da Lousã sofreram danos avultados nas viaturas em acidentes com animais selvagens, nos últimos meses, mas o apuramento de responsabilidades promete arrastar-se por tempo indeterminado.

Condutores querem ser ressarcidos por colisões com veado e javali
Notícias ao Minuto

12:05 - 18/01/15 por Lusa

País Lousã

O condutor Tiago Marques disse hoje à agência Lusa que os prejuízos no seu carro rondam os 2.000 euros, na sequência de uma colisão com um javali, na variante de Foz de Arouce da estrada nacional 236, nos arredores da Lousã, distrito de Coimbra.

Tiago Marques reside no concelho e tem de deslocar-se diariamente para Coimbra, onde trabalha.

O seu automóvel está parado para reparação na mesma oficina para onde Jorge Domingos levou também a sua viatura, que colidiu com um veado antes do Natal, quando uma manada destes cervídeos descia velozmente uma encosta da Serra da Lousã.

Os danos na viatura de Jorge Domingos, que trabalha em Arganil, "ascendem a mais de mil euros", disse o próprio à Lusa.

Ao início da noite, quando circulava entre Serpins e Vilarinho, no dia 19 de dezembro, foi surpreendido por um grupo de veados, numa estrada municipal da Lousã onde "não existe qualquer sinalética" relativa à presença de caça maior, adiantou.

Jorge Domingos tem seguro contra todos os riscos e a seguradora "já mandou arranjar a viatura", mas pretende responsabilizar o Estado, através do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.

A seguradora de Tiago Marques tomou iniciativa idêntica junto da empresa concessionária da variante de Foz de Arouce, que rejeitou "quaisquer responsabilidades", alegando que a via está vedada junto às bermas, segundo o lesado.

O acidente também ocorreu durante a noite, "devendo a seguradora avançar para tribunal", referiu.

"Pago impostos para andar em segurança da estrada e não fui eu que andei a semear javalis por aí", disse Tiago Marques.

A elevada população de porco-bravo nos municípios da Serra da Lousã tem permitido a realização de montarias, iniciativas gastronómicas e outras de valor económico que movimentam milhares de pessoas por ano.

Mas também a caça organizada ao veado, cuja população tem vindo a aumentar, passou a ter grande interesse económico na região.

Uma fonte do Comando Territorial de Coimbra da GNR confirmou à agência Lusa a ocorrência dos dois acidentes com caça maior, em finais de 2014.

Em 2013, ainda no concelho da Lousã, verificou-se igual número de colisões entre viaturas e animais selvagens, os dois com veados e também no inverno, que causaram "importantes danos" materiais, adiantou a mesma fonte.

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