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PS quer que câmara indemnize trabalhadores por impedir progressão

O PS do Bombarral exigiu hoje que a câmara municipal reconheça o erro e indemnize os funcionários que impediu de progredirem na carreira, depois de o Tribunal Administrativo de Leiria ter anulado essa decisão do município.

PS quer que câmara indemnize trabalhadores por impedir progressão
Notícias ao Minuto

16:23 - 31/12/14 por Lusa

País Bombarral

Em comunicado, a concelhia do PS, refere que espera que a maioria PSD "saiba reconhecer a tempo o grave erro que cometeu e rapidamente repare a situação, pagando aos trabalhadores o que lhes é devido".

O Tribunal Administrativo de Leiria anulou uma decisão da câmara do Bombarral que impedia a progressão na carreira de 44 trabalhadores do município, de acordo com uma sentença a que a Lusa teve acesso.

Para os socialistas, "os maiores atrasos na resolução deste assunto só contribuirão para agravar a desconfiança entre os trabalhadores e a sua entidade patronal e aumentar os custos e consequente dificuldade financeira na liquidação destes compromissos".

Nas contas do PS e agora que o município perdeu a ação judicial, ao fim de quatro anos, os custos para o município "ultrapassam os 600 mil euros".

Contactado pela Lusa, o vice-presidente da câmara, Nuno Mota (PSD), afirmou hoje que o gabinete jurídico da autarquia "está a analisar a sentença que é muito extensa [52 páginas] e só depois decidirá se irá ou não recorrer".

De acordo com Nuno Mota, a câmara desconhece quantos dos 175 funcionários da autarquia poderão estar abrangidos pelo reposicionamento já que "alguns cumpriam os requisitos e progrediram na carreira e noutros casos a situação já não se aplica, porque já se reformaram".

A sentença considera "totalmente procedente" a ação encetada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (STAL) em representação de 44 trabalhadores da câmara do Bombarral.

Por deliberação do executivo liderado por Luis Camilo Duarte (independente eleito pelo PSD) aos trabalhadores foi, em outubro de 2009, aplicada a Opção Gestionária para efeitos de progressão na carreira, o que permitiu a sua passagem para o escalão seguinte aquele em que se encontravam, com o consequente aumento remuneratório.

A decisão, tomada no final do mandato, veio, no entanto, a ser considerada nula pelo executivo atual, liderado por José Manuel Vieira (PSD) que, em outubro de 2010, entendeu existirem ilegalidades no processo e determinou que os funcionários fossem reposicionados no escalão que anteriormente ocupavam.

A decisão foi contestada pelos trabalhadores, que pediram ao tribunal a impugnação da deliberação que determinou a nulidade da aplicação da Opção Gestionária e, consequentemente "o reposicionamento dos trabalhadores em posição remuneratória inferior", pode ler-se no processo.

Nos documentos analisados pelo tribunal, a Opção Gestionária incluía 158 funcionários, 60 dos quais atingiram em 2010 a pontuação necessária para a alteração do seu posicionamento.

Os restantes verão a sua posição revista se a câmara não recorrer da sentença, mas, segundo Nuno Mota, a decisão só será divulgada "durante o próximo mês de janeiro" de 2015.

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