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Público da Madeira fica a perder sem animais nos circos

Os responsáveis do Circo Mundial e do Circo Dallas disseram hoje à Lusa que o público madeirense vai ficar a perder com a proibição de exibirem números com animais, imposta este ano pela Câmara Municipal do Funchal.

Notícias ao Minuto
Lusa
10/12/2014 09:40 ‧ há 10 anos por Lusa

O circo vai ficar a perder, mas quem vai ficar a perder mais são as crianças e os adultos do Funchal e de toda a ilha da Madeira", afirmou Ruben Mariani, do Circo Mundial, salientando não saber se o investimento feito para vir à Madeira "vai compensar sem animais".

Renato Alves, do Circo Dallas, é da mesma opinião, afirmando que foram avisados da proibição "muito em cima da hora" e agora vão ver como é que o povo da Madeira "vê o circo sem animais".

O Circo Dallas (a ser montado na zona da Penteada e com estreia marcada para 19 de dezembro) e o Circo Mundial (já erguido na Praia Formosa e com estreia a 12 de dezembro) são os únicos instalados no concelho do Funchal, onde a Câmara Municipal proibiu os espetáculos com animais.

A proposta partiu do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), um dos seis que formam a coligação "Mudança", que lidera a autarquia funchalense.

"Não gosto da decisão, mas tenho de aceitar, pois quem manda é a câmara", disse Renato Alves, vincando que a acusação de que os animais são mal tratados pelos domadores "não é verdade".

"Eu chamo qualquer pessoa para ver como é que tratamos os animais. Não lhes falta nada, nem comida, nem água. Eu posso afirmar que não há maus tratos a animais nos circos em Portugal", afirmou o responsável do Circo Dallas, que pretendia trazer à Madeira cavalos, póneis, dromedários, cães, tubarões e um tigre branco.

Da parte do Circo Mundial, Ruben Mariani explicou que estavam previstos números com focas, tigres, cães e gatos, realçando que a proibição "foi uma das maiores perdas", porque tinham "contratos assinados com os artistas".

Ruben Mariani salientou, por outro lado, que "não se pode dizer que haja maus tratos aos animais nos circos", considerando que "é preciso ter bom senso, saber do que se fala, porque nem todos os circos são iguais, nem todas as pessoas são iguais, e não se pode meter os circos todos dentro dum saco, tirar um e pagam todos por tabela".

O responsável disse, ainda, que o Circo Mundial é o que mais cidades, vilas e aldeias faz em Portugal continental, com uma rota anual de cerca de 60 locais.

"Em todos somos vistoriados pelas câmaras municipais e nunca tivemos nenhuma reclamação, nenhuma contra ordenação e nenhuma queixa", afirmou.

Já o responsável pelo Circo Dallas, Renato Alves, disse esperar que a Câmara do Funchal reveja a proibição, salientando, no entanto, que a nível do continente também há autarquias que estão a tentar implementar a mesma medida.

Mesmo sem animais, os dois circos, com uma lotação conjunta de 2500 lugares, prometem grandes espetáculos no Funchal, tendo para o efeito reforçado os números com palhaços, trapezistas, malabaristas, ilusionistas e outros.

 

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