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Crescimento económico dos números não chegou às famílias mais pobres

A presidente do Banco Alimentar contra a Fome, Isabel Jonet, disse hoje que o crescimento económico refletido nos números não chegou ainda às famílias mais pobres e realçou a situação dos idosos.

Crescimento económico dos números não chegou às famílias mais pobres
Notícias ao Minuto

18:10 - 29/11/14 por Lusa

País Isabel Jonet

"O número de pedidos [de ajuda] tem vindo a aumentar porque, apesar de os número apontarem para algum crescimento económico, aquilo que vemos é que esta situação ainda não chegou às famílias de mais baixos recursos", referiu Isabel Jonet.

Em Portugal, "há muitos idosos pobres e o número de pessoas mais velhas de baixos recursos tem vindo a aumentar", alertou, salientando que "estes idosos são muito penalizados sempre que há alterações fiscais porque têm diariamente de escolher entre comer ou comprar medicamentos".

Isabel Jonet frisou que "preciso ter bem a noção de que há 4% da população portuguesa que tem no seu prato um alimento que vem graças a estas campanhas de recolha e aos excedentes diários da indústria, da agricultura".

A responsável pela Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome falava à agência Lusa no armazém de Alcântara, onde chegam os alimentos doados na região de Lisboa, no âmbito da campanha "Mais solidariedade num contexto de dificuldade" que decorre no fim de semana e conta com 42 mil voluntários.

"Tanto no armazém como nas lojas, a adesão dos voluntários foi muito positiva, de todas as idades e juntos mostram que querem lutar por uma causa", realçou Isabel Jonet.

As campanhas são "operações logísticas muito complexas" e cada voluntário na rua "tem de ter um seguro que é oferecido, é preciso ter transportes com motoristas dos bancos alimentares, é preciso ter condutores de empilhadores profissionais, tal como aqueles que conduzem os porta paletes, e todos são cedidos por empresas", relatou.

A iniciativa do Banco Alimentar tem três vertentes, além da recolha de alimentos, dinamiza o voluntariado enquanto intervenção de cidadania ativa, e também alerta as pessoas para a existência de pobres na sua região, os quais precisam de ajuda para comer.

"Esta é uma realidade dura, é que no século XXI, apesar de tudo aquilo que vivemos, há pessoas que precisam de ajuda para comer e comer é sobreviver", segundo Isabel Jonet.

Dados da federação referem que os BA estão a apoiar atualmente 2.400 instituições de solidariedade, que apoiam mais de 425 mil pessoas, sob a forma de cabazes de alimentos ou refeições confecionadas.

No ano passado, foram entregues 23.811 toneladas de alimentos (com o valor estimado de 33.935 milhões de euros), numa média diária de 95 toneladas por dia útil.

De 29 de novembro a 07 de dezembro, será também possível contribuir para a campanha através da "Ajuda Vale", que tem como lema "uma ajuda que não pesa mas vale".

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