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Onze anos de prisão para homem que matou ajudante de padeiro

O Tribunal de Aveiro condenou hoje a 11 anos de prisão o homem de 26 anos que matou há quase um ano, na Mealhada, um ajudante de padeiro.

Onze anos de prisão para homem que matou ajudante de padeiro
Notícias ao Minuto

17:11 - 28/11/14 por Lusa

País Mealhada

O tribunal deu como provado que o arguido agrediu a vítima, de 35 anos, com um punhal e uma estaca de madeira, além de murros e pontapés, desagradado por a ter visto minutos antes envolvida sexualmente com outro homem e revoltado por não querer manter relações sexuais consigo.

Atendendo à violência das agressões e aos objetos empregues, o coletivo de juízes não teve dúvidas que o arguido "quis causar-lhe a morte".

Durante o julgamento, o homicida, que padece de um atraso mental, tal como a vítima, assumiu todos os factos descritos na acusação, revelando, no entanto, algumas incongruências, que o tribunal atribuiu às suas "limitações intelectuais".

O arguido, que estava acusado de um crime de homicídio qualificado, acabou por ser condenado por homicídio simples, indo ao encontro do defendido pelo seu advogado.

Nas alegações finais, o defensor do homicida tinha pedido a desqualificação do homicídio, em consequência dos seus problemas mentais e devido ao facto de aquele se encontrar alcoolizado e nunca ter sido uma pessoa agressiva.

Já a procuradora do Ministério Público tinha pedido uma "punição tão expressiva" quanto a culpa do arguido, considerando que "não ficam dúvidas" de que aquele praticou os factos de que está acusado.

A advogada dos pais da vítima mortaç também defendeu a condenação do arguido por um crime que deixou não só a família como a população em "polvorosa", alegando que "tudo foi feito de forma ponderada e muito fria".

O arguido vai manter-se em prisão preventiva até ao trânsito em julgado da decisão, que indica o fim da possibilidade de recorrer do acórdão condenatório para os tribunais superiores.

Após a leitura do acórdão, o pai da vítima manifestou desagrado pela pena aplicada ao arguido. "Não é pena que se dê a um assassino que matou um jovem que não fazia mal a ninguém", disse aos jornalistas.

Durante o julgamento, o homicida confesso disse estar arrependido e pediu desculpa à sua família e à do falecido.

"Estou muito arrependido. Perdi a cabeça. Se soubesse o que sei hoje nunca tinha feito nada", afirmou.

O crime ocorreu no dia 15 de dezembro de 2013, mas o corpo da vítima só foi encontrado quatro dias depois numa mata próximo da "Cova da Areia", um local conotado com a prostituição e encontros de natureza homossexual.

O homicida viria a ser detido pela Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro um dia depois da descoberta do corpo.

Segundo a acusação, o arguido atuou de forma "indiferente e insensível" com o propósito concretizado de tirar a vida ao ajudante de padeiro, "motivado apenas pelo leviano e fútil motivo de a vítima não querer ter relações sexuais consigo".

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