Quando ontem foram anunciadas as medidas de coação aos 11 arguidos do caso dos vistos gold, soube-se que o presidente demissionário do Instituto de Registo e Notariado, António Figueiredo, mas também o empresário de origem chinesa, Zhu Xiadong, ficariam em prisão preventiva.
A decisão foi anunciada por uma oficial de justiça e justificada com cinco artigos e seis alíneas do Código de Processo Penal. Segundo o semanário, isto apenas significou que o juiz responsável pelo caso considerou a possibilidade de os dois poderem abandonar o país.
Além deste facto, refere a mesma publicação, Carlos Alexandre considerou que os arguidos são suspeitos da prática de criminalidade altamente organizada.
António Figueiredo está indiciado pelos crimes de corrupção, tráfico de influências e abuso de poder, sendo considerado pelos investigadores da Polícia Judiciária como o cérebro do grupo que se dedicava a apressar a concessão de vistos gold a troco de dinheiro ou favores.
Xiadong, em Portugal desde 2009, angariaria clientes chineses dispostos a pagar 500 mil euros por um imóvel e um visto gold, tendo sido investigado por suspeita que pagaria para apressar a emissão dos vistos. Está indiciado por corrupção ativa.