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Enfermeiros acusam Ministério de má fé

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses acusou o Ministério da Saúde de "má fé" ao marcar a reunião com a estrutura sindical para depois da discussão do Orçamento de Estado, quando esse encontro visava discutir normas a introduzir no orçamento.

Enfermeiros acusam Ministério de má fé
Notícias ao Minuto

13:35 - 19/11/14 por Lusa

País Críticas

"O Ministério da Saúde marcou uma reunião negocial para 25 de novembro à tarde. Consideramos inaceitável. O orçamento é discutido de manhã", declarou à Lusa a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) Guadalupe Simões.

A sindicalista especificou que a greve (marcada para dia 21) serve para "atingir objetivos" -- negociar soluções para problemas dos enfermeiros -, um dos quais é garantir que o Orçamento do Estado (OE) contemple propostas para dar continuidade ao processo negocial.

Por isso, o SEP pediu, na terça-feira à noite, ao Ministério da Saúde para antecipar a reunião para data anterior à greve e poderá suspender a paralização se tal acontecer e forem apresentadas propostas concretas para os problemas dos enfermeiros.

Caso contrário, "os enfermeiros darão a resposta no dia 21", diz a sindicalista, considerando ter havido "má fé do Ministério, que sabe que os enfermeiros têm problemas cuja resolução passa pela introdução de normas no OE e marcou a reunião para esse dia à tarde".

No início da semana passada, o SEP anunciou uma greve nacional de dois dias, 14 e 21 de novembro, em protesto pelos cortes salariais nas horas extraordinárias, exigindo a progressão na carreira e a reposição das 35 horas de trabalho semanais.

O primeiro dia de greve coincidiu com o surto de legionella de Vila Franca de Xira, que levou ao internamento de largas dezenas de pessoas, a maioria na área da Grande Lisboa.

Considerando este cenário "extraordinário", o Ministério da Saúde pediu na altura ao sindicato que reconsiderasse as datas da greve nacional, por recear que esta pudesse comprometer a prestação de cuidados de saúde.

O SEP respondeu negativamente à tutela e manteve os dias marcados, considerando que o motivo alegado não era razão suficiente para desconvocar o protesto.

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