Várias escolas ao longo do país começaram a disponibilizar aulas de compensação para que os alunos, a pouco mais de um mês do final do primeiro período, recuperem a matéria perdida devido ao atraso nas colocações.
Segundo o Jornal de Notícias (JN), estas aulas serão conduzidas por docentes da própria escola – que por tal terão que receber horas extraordinárias – ou por professores contratados para este fim, sendo que os encargos deverão ter que ser suportados pelos próprios estabelecimentos de ensino.
Esta é uma das soluções encontradas para contornar o atraso na colocação de docentes em 304 escolas nacionais, uma situação que, defendem a ANDE e a ANDAEP, prejudica os alunos, principalmente aqueles que se encontram em final de ciclo e têm exames marcados para o final do ano letivo.
O vice-presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima diz que o “o ministério da Educação vai ter de abrir os cordões à bolsa” para que esta despesa não fique apenas por conta das escolas. Já Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), garante que o ministério de Nuno Crato “está disponível” desde que a necessidade de contratar professores adicionais seja “absolutamente justificada, isto é, que não haja outra solução”, cita o JN.
O atraso na colocação de professores afetou milhares de alunos em todo o país, mas são aqueles que terão exame no final do ano que mais preocupam. As escolas querem que os estudantes estejam em pé de igualdade, a nível de matéria, com aqueles que tiveram professores desde o primeiro dia, mas a reposição de matéria poderá sobrecarregar ainda mais o horário escolar.