"Este concurso vai fazer o recrutamento de professores e formadores de forma centralizada e vai permitir mobilizar para a formação professores, que pertencem aos quadros do Ministério da Educação, mas estão com horário zero nas escolas, o que permitirá também uma redução da despesa pública", disse à agência Lusa Pedro Silva Martins.
O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) vai recrutar os professores/formadores para as componentes sociocultural e científica através da Plataforma Electrónica da Educação e a sua colocação poderá ter renovações anuais até um máximo de três anos.
"Esta é outra das novidades deste concurso: vai dar maior estabilidade aos formadores dado que as colocações podem ir até aos três anos", afirmou o secretário de Estado acrescentando que isto é também vantajoso para os formandos.
A Plataforma Electrónica da Educação é o meio através do qual os professores validam a sua candidatura ao concurso nacional para a sua colocação nas escolas.
Segundo Pedro Martins os professores/formadores vão ter horários lectivos de 22 horas acrescidos de mais algumas horas para outras actividades, nomeadamente contactos com o meio empresarial, até perfazerem o horário laboral de 35 horas.
O secretário de Estado lembrou à Lusa que desde o início deste ano e até ao final de Novembro foram abrangidas por acções de formação 340 mil pessoas, "o que representa um aumento de 38% em relação a igual período do ano passado".
"Temos apostado sobretudo nas políticas vocacionadas para a reconversão profissional", salientou.
O concurso do IEFP, que estará aberto durante 3 dias, destina-se também a formadores qualificados e certificados sem vínculo à Administração Pública.
Até agora, a contratação de formadores, em todas as componentes, obedecia às regras da contratação pública e era feita de forma directa e autónoma pelos centros de formação do IEFP.