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Unidade de Controlo Costeiro perdeu 40% do efetivo em seis anos

A Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR perdeu 40% do efetivo desde a sua criação, em 2009, disse hoje o comandante daquela força que tem a missão de vigilância e de patrulhamento da costa portuguesa.

Unidade de Controlo Costeiro perdeu 40% do efetivo em seis anos
Notícias ao Minuto

16:35 - 24/10/14 por Lusa

País GNR

"No tocante aos recursos humanos, gostaríamos de comparar a situação no ano de criação da UCC e nos dias de hoje. Encontramo-nos a cerca de 60% do efetivo inicial, com a relativa estabilização desse quantitativo há cerca de um ano", disse o major-general José Fonseca, no discurso da cerimónia do 6.º aniversário da UCC da GNR, que decorreu em Lisboa.

Perante o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, o oficial da GNR salientou que a redução do número de militares colocados na UCC teve impacto direto e negativo nos resultados operacionais que têm vindo a ser obtidos por aquela unidade.

"Conscientes das limitações e dificuldades em ultrapassar a carência de efetivos, que também abrange a GNR como um todo, e tendo em conta que a missão da UCC se manteve inalterada, concluímos imediatamente que sobre cada um de nós recairia um esforço adicional, embora insuficiente para manter os patamares de resultados operacionais antes alcançados", salientou o comandante.

m relação aos principais equipamentos, o major-general mostrou a sua preocupação acerca da manutenção das embarcações, nomeadamente das lanchas de vigilância e interceção.

"Por razões que transcendem a UCC, e que se prendem com os elevados encargos financeiros associados, não foi possível nos últimos anos realizar a manutenção programada destas lanchas, pelo que a respetiva taxa de operacionalidade tem vindo a baixar gradualmente", alertou José Fonseca.

O oficial mostrou-se satisfeito, contudo, com as decisões que foram tomadas recentemente a nível ministerial, na sequência das propostas apresentadas pela UCC da GNR, que abrem a "perspetiva da resolução da situação a curto/médio prazo".

Ao longo dos seis anos de existência, a UCC da GNR realizou 18.500 patrulhamentos, 1.243 dos quais costeiros, tendo elaborado 2.742 autos de vária natureza.

No balanço feito pelo comandante, a UCC apreendeu pescado, por fuga à lota ou pesca ilegal, na ordem das 150 toneladas, as quais representam um valor aproximado de 1,5 milhões de euros.

No combate ao tráfico de droga, as interceções realizadas pela UCC resultaram na apreensão de mais de 3.844 quilogramas de haxixe, de três embarcações e de uma viatura, além da detenção de três suspeitos.

Nas missões de apoio e complementares à atuação da Polícia Judiciária e da Guardia Civil de Espanha, a UCC contribuiu para a apreensão de cerca de 450 e de 1.350 quilos de cocaína e de haxixe, respetivamente, de três embarcações e na detenção de três suspeitos.

A UCC da GNR tem competências específicas de vigilância, patrulhamento e interceção terrestre ou marítima em toda a costa e mar territorial do continente e das Regiões Autónomas, competindo-lhe, ainda, gerir e operar o Sistema Integrado de Vigilância Comando e Controlo da costa portuguesa, que está a funcionar desde dezembro de 2013.

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