Um falso médico, dono de uma casa de produtos naturais, na Trofa, violou uma candidata durante um processo de recrutamento. Alegando que se tratavam de procedimentos normais de formação ao cargo, o médico obrigou a mulher a despir-se e terá abusado sexualmente da mesma, conta o Jornal de Notícias.
A mulher, de 21 anos, conta que o cargo era para trabalhar como empregada de balcão. No entanto, depois de ser contratada, o patrão informou-a de que também queria que estivesse capacitada para fazer massagens de relaxamento, tratamentos de varizes e celulite às clientes. Começou, por isso, por ter uma formação teórica sobre produtos e procedimentos e passou depois a uma formação prática em que seria a cobaia do suposto médico, por forma a que este lhe mostrasse como teria de fazer as massagens às clientes.
O patrão pediu que esta se despisse na íntegra e se deitasse na marquesa. O homem começou por fazer-lhe massagens nas costas e pernas, pedindo depois que se virasse de frente. Incomodada, a jovem perguntou se era mesmo necessário, ao que o médico respondeu: “Quer ou não o emprego?”.
A mulher acabou por ceder e o homem começou a massajar-lhe os seios e os genitais, com penetração de dedos. Este dizia que se tratava de um exame e que precisava de uma funcionária que se sentisse à vontade com ele.
A mulher acabou por indignar-se e acabou por abandonar a loja. Fez queixa na GNR e o patrão, investigado pela Polícia Judiciária, acabou por ser condenado a um ano de prisão, com pena suspensa.