O Município de Ponte da Barca, em Viana do Castelo, publicou esta semana imagens da atuação de drones na região, que foi afetada pelos fogos deste verão.
"Após os incêndios que devastaram vastas áreas do concelho de Ponte da Barca e consumiram importantes zonas do Parque Nacional da Peneda-Gerês, a Serra Amarela começa a dar sinais de esperança", lê-se na publicação partilhada na rede social Facebook.
"Está em curso uma ação de sementeira de pasto, uma medida essencial para acelerar a regeneração das áreas ardidas, proteger o solo e garantir alimento animal", detalham os responsáveis do município.
Segundo é explicado, estas "têm como objetivo principal recuperar os ecossistemas afetados pelo fogo, promovendo a cobertura vegetal e prevenindo a erosão dos solos".
Pode ver as imagens partilhadas pelo município na publicação abaixo, que conta ainda que "ao mesmo tempo, ajudam a garantir alimento para os animais, que viram os seus pastos naturais destruídos".
A ação de sementeira de pasto conta com a colaboração de outras entidades, nomeadamente, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e a Confederação dos Agricultores de Portugal, entre outras.
Note-se que a zona ardeu no final de julho, tendo na altura o vice-presidente da câmara, José Alfredo, explicado que as chamas eram uma "facada no coração". "Os impactos deste incêndio terão efeitos num futuro muito longo", referiu o 'vice'.
Já esta semana, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou acerca dos incêndios, no âmbito de uma cerimónia de homenagem às vítimas dos fogos de 2017. Oito anos após os grandes incêndios de outubro destruírem regiões no Centro e Norte do país, o chefe de Estado considerou que as mudanças não estão todas feitas e que é preciso também mudar mentalidades.
Sublinhando que era preciso que "as autarquias tenham mais poder" para prevenir incêndios, Marcelo disse também que questões burocráticas e a 'mentalidade' acabam por atrasar muita da prevenção que já podia ter sido feita.
"E a mentalidade era e ainda é, em muitos casos, lenta a mudar. Muitos proprietários ausentes, ou que estão presentes, mas não têm meios, resistiram á ideia de maior intervenção do poder local. São também precisos mais fundos, essenciais", explicou, apontando que também o esquema de prevenção é preciso ser melhorado, nomeadamente, "com um papel militar maior".
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