"O Sindicato dos Jornalistas repudia veementemente as acusações infundadas recentemente dirigidas aos jornalistas da Agência Lusa por parte do partido Chega", indicou.
A posição do SJ surge depois de, no dia 05 de outubro, o deputado do Chega Pedro Frazão ter feito publicações nas redes sociais que colocam em causa a imparcialidade dos jornalistas da agência Lusa.
Segundo o SJ, "estas declarações, que colocam em causa a integridade e o profissionalismo dos repórteres e editores da Lusa, representam um ataque injustificado ao exercício livre e independente do jornalismo, um dos pilares fundamentais da democracia portuguesa".
O SJ disse ainda que a Lusa conta com "décadas de serviço público" e é "reconhecida pela sua isenção, rigor e compromisso com a verdade".
"Os seus profissionais trabalham diariamente sob critérios éticos e deontológicos claros, assegurando que todos os factos são verificados e apresentados com equilíbrio e responsabilidade", referiu.
Para o SJ, "qualquer tentativa de descredibilizar o trabalho jornalístico através de insinuações ou ataques políticos é profundamente grave e perigosa", apontando que "a liberdade de imprensa não é um privilégio dos jornalistas - é um direito de todos os cidadãos a serem informados de forma livre e plural".
"Reafirmamos, por isso, o nosso total apoio aos jornalistas da Lusa e a todos os profissionais de comunicação social que, em Portugal, continuam a exercer o seu trabalho com coragem, ética e dedicação, mesmo perante pressões ou tentativas de intimidação", salientou.
A Direção de Informação, o Conselho de Redação (CR) e a Comissão de Trabalhadores (CT) da Lusa já tinham divulgado comunicados sobre o tema.
"A Direção de Informação da Lusa acompanha o repúdio veemente dos membros eleitos do Conselho de Redação e da Comissão de Trabalhadores das acusações contra a independência dos jornalistas da agência Lusa, que foram difundidas nas redes sociais pelo deputado do partido Chega Pedro Frazão", lê-se na nota da direção, publicada no dia 10 de outubro.
Já a Comissão de Trabalhadores e o Conselho de Redação da agência consideraram que o ataque, contra a jornalista da Lusa Sofia Branco, "visa todos os profissionais da agência de notícias".
"Os elementos eleitos do CR e a CT da Lusa não se deixam intimidar pelas declarações do deputado do Chega", indicaram, sublinhando que "os jornalistas da agência Lusa não obedecem a partidos políticos, ideologias, religiões ou empresas".
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