"Confirmamos que este Gabinete abriu um processo de análise preliminar sobre a mencionada ocorrência, a fim de reunir informação relevante e avaliar se há motivo para a abertura de um processo formal de investigação, uma vez que não se trata de uma ocorrência com a tipologia que determina legalmente a obrigatoriedade de investigação", avançou o GPIAF numa nota escrita enviada à agência Lusa.
O resultado deste processo de análise - que, nos termos do decreto-lei n.º 394/2007, poderá demorar até dois meses - será publicado no 'site' do GPIAF.
Na nota enviada à Lusa, o GPIAF clarifica que o incidente "consistiu na separação da composição do comboio Intercidades por cedência do dispositivo de engate entre a primeira carruagem e o restante comboio".
"Como resultado, o sistema de frenagem atuou automaticamente em todos os veículos, imobilizando-os", precisa.
Na terça-feira, a CP anunciou também que abriu um inquérito para apurar as "possíveis causas" do incidente, ocorrido cerca das 16:00 de segunda-feira num comboio Intercidades que circulava entre Lisboa e Faro.
Numa nota enviada à Lusa, a CP refere a existência de uma "anomalia à saída da estação de Grândola", causada por uma "rutura do engate entre duas composições, o que resultou na separação de carruagens do comboio".
"Não existem registos anteriores da ocorrência desta falha no elemento mecânico que entrou em rutura. No entanto, a segurança dos passageiros não foi afetada, uma vez que as composições ferroviárias estão projetadas para frenarem e imobilizarem os veículos nestas situações", adianta a nota.
O Intercidades tinha partido de Lisboa-Oriente às 14:02, e a chegada estava prevista para Faro às 17:35.
De acordo com a CP, os passageiros da composição que ficou para trás "foram conduzidos, de forma segura, para as restantes carruagens".
Depois de verificadas "todas as carruagens e as respetivas condições de segurança", o comboio seguiu para Faro.
A carruagem afetada foi rebocada para Grândola, com a ajuda de uma locomotiva de mercadorias da Medway.
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