Nas eleições autárquicas de domingo, o PSD conseguiu reeleger Pedro Nascimento Cabral para um segundo mandato à frente do maior município dos Açores, com 33,88% (10.400 votos) e três mandatos, mas perdeu a maioria absoluta de cinco vereadores que tem atualmente.
Em segundo lugar ficou o movimento Ponta Delgada Para Todos, encabeçado por Sónia Nicolau, que conseguiu 26,07% (8.003 votos), igualando o mesmo número de mandatos do PSD (três).
A coligação PS/BE/PAN/Livre ficou-se pelos dois mandatos com 17,95% (5.509 votos) e o Chega conseguiu eleger um vereador pela primeira vez em Ponta Delgada com 14,58% (4.477 votos).
Trata-se da primeira vez desde 1976, ano das primeiras autárquicas, que o partido vencedor na autarquia não tem a maioria absoluta dos elementos no executivo.
Desde a implementação da democracia, o PSD presidiu quase sempre à Câmara Municipal de Ponta Delgada, com exceção do mandato 1989-1993, em que os socialistas, em coligação com o CDS-PP, tiraram a liderança aos sociais-democratas.
No atual executivo, o PSD (que venceu as eleições de 2021 com 48,76%) tem a oposição de quatro vereadores do PS (que obteve 37,33% há quatro anos).
No rescaldo da noite eleitoral, Nascimento Cabral prometeu trabalhar para a assegurar a estabilidade através de um "diálogo aberto" com outras forças políticas.
"O que muda aqui apenas é o figurino do executivo municipal, porque, de facto, há novas forças políticas e de cidadãos que entram no executivo municipal, mas vamos manter sempre um diálogo aberto com todas as forças políticas e com o movimento de cidadãos", afirmou o autarca.
Já o Movimento Ponta Delgada Para Todos considerou que "forçar uma gestão que prime pelo diálogo" é a "maior conquista" da candidatura liderada por Sónia Nicolau (professora e antiga deputada regional e municipal do PS).
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