O CLAIM de Castelo Branco tem como principal objetivo acolher e integrar a comunidade migrante em Portugal, em conformidade com a Lei da Imigração e as políticas públicas nacionais e europeias nas áreas da migração, asilo e igualdade.
O centro resulta de uma parceria entre a Amato Lusitano - Associação de Desenvolvimento (ALAD), o atual Alto Comissariado para as Migrações (ACM) e o município de Castelo Branco.
Criado a 13 de outubro de 2004, o CLAIM é uma das respostas sociais mais antigas e consistentes da região, mantendo-se em funcionamento ininterrupto independentemente dos ciclos de financiamento.
Numa nota enviada à agência Lusa, a ALAD explicou que, ao longo dos seus 21 anos ao serviço da integração de migrantes, o CLAIM "já apoiou diretamente mais de 25 mil pessoas e executou múltiplos projetos municipais e nacionais, envolvendo milhares de participantes".
"O perfil atual dos migrantes em Castelo Branco é diversificado, com maior presença de cidadãos brasileiros, dos PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa], do sul da Ásia, da América do Sul e da Ásia Oriental".
A ALAD sublinhou ainda que o centro tem verificado um aumento da procura por parte de cidadãos europeus e norte-americanos.
Ao longo das duas décadas de existência, o CLAIM tem articulado respostas com uma vasta rede de parceiros locais, garantindo um acompanhamento eficaz e humanizado.
O trabalho desenvolvido tem sido apoiado por diversos projetos da ALAD, entre os quais o Gabinete de Inserção Profissional, o Projeto Escolhas, o projeto Português Língua de Integração e o Contrato Local de Desenvolvimento Social.
A intervenção centra-se em áreas essenciais para a integração, como o acesso ao emprego, à educação, à formação de adultos, à aprendizagem da língua e cultura portuguesas, bem como no acesso à saúde e na promoção da cidadania ativa.
"Num contexto de crescente desinformação e de discursos negativos sobre a migração, o CLAIM tem apostado na valorização da interculturalidade e na desconstrução de mitos e estereótipos".
Segundo a ALAD, as principais dificuldades na integração continuam a ser a língua portuguesa, as regras de sociabilidade e o entendimento dos direitos e deveres de cidadania.
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