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Menezes garante que não perseguirá ninguém (mas avançará com auditorias)

O novo presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, que regressa ao concelho que liderou durante 16 anos, derrotando o PS, disse hoje que não vai perseguir ninguém, mas não abdicará de saber o retrato atual da autarquia.

Menezes garante que não perseguirá ninguém (mas avançará com auditorias)

© Lusa

Lusa
13/10/2025 01:43 ‧ há 3 horas por Lusa

"Não vamos perseguir ninguém, mas não abdicamos de saber a verdade do retrato atual em que nos deixaram a Câmara Municipal. E isso não será feito por mim, nem por pessoas da minha confiança. Será feito por auditorias externas, de empresas competentes selecionadas por concurso público", disse Luís Filipe Menezes.

 

Num discurso de vitória quando já passava da meia-noite, e depois de ter aguardado pelo apuramento de resultados nas diferentes freguesias, o social-democrata Luís Filipe Menezes, que concorreu pela coligação PSD/CDS-PP/IL, reconheceu que não deverá vencer com maioria absoluta, algo que, garantiu, não o preocupa.

"A primeira vez que venci eleições tinha menos 20 votos na Assembleia Municipal do que tinham os meus adversários. Portanto, a mim nunca me fez confusão negociar e saber defender as minhas propostas e fazer com que os outros se liguem a elas e as aprovem", referiu.

Menezes garantiu que "não será desculpa de maneira nenhuma para ninguém, nem para quem é oposição", se Gaia "não alcançar o sucesso nos projetos" que a sua candidatura apresentou aos gaienses.

"Não será desculpa, muito menos para mim", repetiu.

Já à margem do discurso, em declarações aos jornalistas, escusou-se a avançar se pretende fazer acordos de governação.

"Estou a acabar de vencer uma eleição, começando do zero, deixem-me saborear. Não sei o que é que vou fazer amanhã", disse aos jornalistas, regressando à ideia de que quererá conhecer o retrato da autarquia que foi liderada nos últimos 12 anos pelo PS com maioria absoluta (nove dos 11 eleitos), nomeadamente o quadro de funcionários.

"Hoje é sabido, já é conhecido que eu deixei uma Câmara com um rácio, que era o segundo melhor do país, concretamente com 1.700 funcionários, e hoje a Câmara de Gaia tem 3.700 funcionários, não contando com os 1.200 que estão ligados ao Ministério da Educação. Ora, os gaienses precisam de saber se estes 2.000 funcionários foram contratados por necessidade efetiva ou se são um custo supérfluo que, à custa dos impostos dos gaienses, é colocado aos seus ombros", especificou.

Também questionado sobre se pondera já uma segunda candidatura para um ciclo maior do que quatro anos, começou por dizer que "os ciclos políticos em Portugal, normalmente, de autarquias são de 12 anos", para depois comentar a idade e atacar com a garantia de que se sente "muito jovem".

"Estou muito jovem em espírito e estou numa grande forma física. O presidente Trump tem 80 anos e lidera a maior potência do mundo. O meu amigo Isaltino Morais é mais velho que eu e é o melhor presidente de Câmara de Portugal. Eu não estou a prazo", referiu.

Já no discurso, depois de enumerar vários apoiantes e líderes das candidaturas às Juntas de Freguesia, e de agradecer o empenho da Iniciativa Liberal e do "velho companheiro" CDS-PP, deixou uma palavra para o candidato socialista vencido, o ex-secretário de Estado João Paulo Correia.

"Deixo uma palavra de solidariedade e estima. Para mim não é um inimigo, é um adversário que estimo e é assim que vai ser tratado nos quatro anos de mandato", referiu.

Quanto ao futuro, Menezes disse que quer "voltar a colocar a marca Gaia em primeiro plano, voltar, lá para o verão, a voar alto por cima do Douro", e deixou mensagens sobre parcerias a nível metropolitano e entre concelhos vizinhos.

"Vamos tentar ter boas relações e projetos comuns com outros parceiros da Área Metropolitana do Porto e nomeadamente com o concelho do Porto. É impossível pensar o desenvolvimento da AMP sem que Porto e Gaia trabalhem em conjunto, sem que falem sobre transportes, falem sobre travessias, falem sobre eventos realizados em comum com projeção nacional e internacional, sem serem parceiros, amigos e solidários. Há 25 anos que o Porto e Gaia estão de facto de costas voltadas, apesar da hipocrisia dos últimos 12 anos. E isso tem que mudar", referiu.

À presidência da Câmara Gaia concorreram André Araújo (CDU -- coligação PCP/PEV), João Paulo Correia (PS), Luís Filipe Menezes (PSD/CDS-PP/IL), Daniel Gaio (Volt), João Martins (BE/Livre), Rui Sequeira (ADN), António Barbosa (Chega) e Catarina Costa (Partido Liberal Social).

Leia Também: João Paulo Correia assume derrota e anuncia recandidatura para 2029

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