Cinco pessoas, incluindo três crianças, foram resgatadas de um veleiro, ao final da tarde de sexta-feira, após uma interação com orcas ao largo de Peniche.
A Marinha, que coordenou o resgate, indica, em comunicado, que o alerta foi dado via rádio VHF para o Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC Lisboa).
Os cinco tripulantes - uma cidadã portuguesa e um cidadão e três crianças de nacionalidade francesa - estavam a bordo do veleiro "TI’FARE", reportando o incidente quando navegavam a 45 milhas náuticas (o equivalente a cerca de 90 quilómetros) a sudoeste de Peniche.
A interação com as orcas resultou numa entrada de água a bordo e o veleiro acabou por afundar.
"Para o local, foram de imediato ativados vários meios do dispositivo de Busca e Salvamento Marítimo para dar uma resposta rápida e eficaz. Estiveram empenhados no resgate a fragata D. Francisco de Almeida, a embarcação de pesca SILMAR, uma estação Salva-Vidas da Capitania do Porto de Peniche e o helicóptero EH-101 da Força Aérea Portuguesa", indica ainda a Marinha em comunicado.
A embarcação de pesca, que se encontrava por perto, foi o primeiro meio a chegar ao local e, sob coordenação do MRCC Lisboa, "auxiliou a recolha para bordo dos cinco náufragos que já se encontravam dentro da Balsa Salva-Vidas".
Depois, o helicóptero EH-101 fez o transporte dos socorridos para a Base Aérea Nº6, do Montijo, onde foi prestada assistência médica pelo INEM. Mais tarde, foram todos transportados para uma unidade hospitalar.
Na mesma nota, a Marinha recorda que, através dos seus Centros de Busca e Salvamento Marítimo, "garante uma resposta contínua nos espaços marítimos sob responsabilidade nacional a incidentes que possam ocorrer, 24 horas por dia, nos 365 dias do ano".
Os incidentes com orcas têm sido recorrentes junto à costa nas últimas semanas. Há menos de um mês, também em Peniche, um veleiro de bandeira francesa ficou sem leme "após uma interação com orcas".
A bordo seguiam também cinco tripulantes, "que se encontravam bem fisicamente, sem necessidade de assistência médica".
"Devido aos danos provocados no leme do veleiro", a embarcação foi rebocada até Peniche pelo Salva-Vidas, para "minimizar o risco para a segurança da navegação", indicou a Autoridade Marítima Nacional na altura.
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