A iniciativa, do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), mobiliza todos os anos entre 3.500 a 4.500 voluntários, que monitorizam 15% a 25% da costa portuguesa e recolhem quatro a cinco toneladas de lixo marinho, explica a organização em comunicado.
Este ano já na 36.ª campanha, o "Coastwatch" foi criado em 1989 no âmbito do "Coastwatch Europe", uma rede internacional de grupos ambientalistas, universidades e outras instituições educativas, cujo foco é a monitorização de ambientes costeiros e húmidos de países europeus.
De acordo com o comunicado do GEOTA o projeto tornou-se "o maior programa de voluntariado e ciência cidadã dedicado ao litoral em Portugal, sendo também o mais duradouro na área da educação e cidadania ambiental".
Em resumo, o projeto convida as pessoas a percorrer o litoral a pé, observar e registar a biodiversidade, identificar riscos ambientais e recolher resíduos marinhos.
A organização ambientalista, que explica que a participação é gratuita e que as saídas de campo devem ser após a época balnear e de preferência com a maré baixa, diz no comunicado que promove saídas de campo acompanhadas, sessões online de introdução à ecologia costeira, além de 'workshops', 'webinars' e formação de professores.
"O ´Coastwatch´ é um exemplo de como a ciência cidadã pode gerar conhecimento útil, promover a educação ambiental e fortalecer o sentido de comunidade", disse citado no comunicado Américo Abreu Ferreira, presidente da Comissão Executiva do GEOTA.
"Ao longo de mais de três décadas, conseguimos criar uma rede nacional de voluntários que observa, compreende e defende o litoral português. Este é um contributo inestimável para o futuro do nosso território e para uma cidadania ambiental mais ativa", adiantou.
O GEOTA sublinha no documento que o projeto está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, promovendo educação de qualidade, produção e consumo responsáveis, proteção da vida marinha e parcerias para a implementação de objetivos globais.
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