Em comunicado, a ULS refere que aquele mosquito é considerado uma espécie invasora e apresenta capacidade para transmitir doenças como dengue, zika e chikungunya.
"Importa, contudo, salientar que até ao momento não foram detetados mosquitos infetados nem registados casos de doença transmitida localmente", sublinha.
Segundo a ULS Braga, está já já em curso uma intervenção intersetorial, desenvolvida em "estreita colaboração" com entidades locais, com o objetivo de prevenir e controlar a proliferação daquele mosquito invasor.
A ULS Braga destaca a importância da adoção de medidas preventivas pela população, nomeadamente a eliminação de locais com água parada, que funcionam como potenciais criadouros, e a proteção individual contra picadas de mosquitos.
"Medidas simples, como retirar a água acumulada em pratos de vasos, recipientes ou caleiras, lavar frequentemente bebedouros de animais e proteger as habitações com redes mosquiteiras, são fundamentais", adianta.
Adicionalmente, aponta o uso de repelente, o recurso a roupas compridas e claras e a atenção redobrada nos períodos do amanhecer e entardecer, momentos de maior atividade do mosquito, como comportamentos de prevenção "altamente eficazes".
"A confirmação da presença do mosquito-tigre na nossa região exige um esforço conjunto entre as entidades de saúde, as autarquias e a população. Só com a colaboração de todos será possível controlar a sua expansão e reduzir o risco de transmissão de doenças", alerta a ULS.
Pedro Pereira, coordenador da Unidade de Saúde Pública da ULS Braga, diz ser fundamental que cada cidadão adote medidas simples no seu dia a dia, como eliminar locais com água parada e proteger-se contra as picadas.
O alerta inicial foi recebido no final de 2024, tendo a Unidade de Saúde Pública da ULS Braga reforçado a vigilância no âmbito da Rede de Vigilância de Vetores, programa nacional que monitoriza a presença e a atividade de mosquitos e carraças.
Após este reforço, foi confirmada a presença da espécie.
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