A opositora venezuelana é "uma lutadora pela democracia, com coragem, com audácia", que "defendeu sempre eleições livre e o integral respeito pelos direitos humanos", afirmou o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, que participava hoje de manhã na qualidade de dirigente do PSD numa ação de campanha, no Porto, para as eleições autárquicas do próximo domingo.
Rangel salientou que a paz "não é apenas a ausência de conflito" e requer "uma paz justa e democrática".
O ministro português destacou "os esforços" de María Corina "para que haja uma reconciliação do povo venezuelano e todos os povos que aspiram à democracia com uma agenda por eleições livres, pluralismo mediático e direitos humanos".
O ministro dos Negócios Estrangeiros apontou ainda como "muito importante" o trabalho que a líder opositora "tem feito também a nível internacional".
Questionado se a entrega do Nobel da Paz pode ajudar a alterar a situação política na Venezuela ou para que a opositora saia da clandestinidade em que se encontra há anos, Rangel defendeu que poderá ser "uma grande motivação para haver uma capacidade de diálogo que permita uma transição para a democracia sem mais sacrifícios para o povo da Venezuela".
Hoje de manhã, o Ministério dos Negócios Estrangeiros publicou uma mensagem na rede social X, felicitando María Corina.
"A luta pela democracia, por eleições livres e pelos direitos humanos é a matéria-prima da paz. A coragem e a audácia de María Corina Machado são o fermento da paz - de uma paz justa e democrática", afirmou, na mensagem.
O Comité Nobel norueguês atribuiu hoje o Nobel da Paz 2025 à opositora venezuelana María Corina Machado, ex-deputada da Assembleia Nacional da Venezuela entre 2011 e 2014.
Corina Machado foi premiada "pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia", explicou o comité.
Nascida em 1967, na Venezuela, María Corina Machado é uma das principais vozes da oposição democrática ao regime de Nicolás Maduro, tendo sido candidata nas eleições presidenciais de julho de 2024.
No entanto, foi impedida de concorrer quando, em janeiro de 2024, o Supremo Tribunal de Justiça a proibiu de ocupar cargos públicos durante 15 anos.
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