Os docentes da EPL decidiram na semana passada avançar com uma greve, por tempo indeterminado, que teria início hoje, para exigir o pagamento dos apoios à deslocação de professores e denunciando práticas de discriminação contra uma colega angolana..
Segundo a delegada do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.T.O.P.) a greve deverá ser desconvocada oficialmente na sexta-feira.
"Nós hoje não entrámos em greve, porque, pela manhã, tivemos a agradável surpresa de ver realmente que os pagamentos estavam a ser efetuados, de acordo com o que está previsto na lei, deixou de haver motivos para haver greve", disse à Lusa Sandra Feliciano.
A sindicalista realçou que os docentes da EPL "nunca tiveram a intenção" de voltar a fazer greve, mas "Infelizmente, a situação não se desbloqueava, foi preciso aplicar um bocadinho de pressão e as coisas concertaram-se e resolveram-se pelo melhor".
Sandra Feliciano referiu que os professores estão a ser pagos, caso haja alguma situação pontual deverá ser resolvida, frisando que "está tudo assegurado".
"Penso que da nossa parte a situação estará resolvida, para já, se houver agora alguma questão que se levante será pontual e será tratada, mas de uma maneira global, geral, cremos que tudo está resolvido", destacou.
A docente salientou que os 130 professores estavam "à espera de ver as coisas a avançar".
De acordo com Sandra Feliciano, esta situação estava a acontecer pontualmente em outras escolas, mas agora "parece que a situação vai ser regularizada em todas as escolas".
Caso os professores avançassem com a greve, esta seria a segunda paralisação este ano, depois de, em março, terem realizado uma greve de dois dias para exigir equidade salarial e melhores condições laborais.
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