Numa nota de pesar publicada, a comissão destaca o trabalho da jurista quanto à defesa do acesso universal à água potável e ao saneamento, recordando o papel pioneiro que assumiu, em 2008, como Relatora Especial das Nações Unidas para esta área, contribuindo para reconhecer o direito à água como um direito humano fundamental.
A Unicef Portugal, em comunicado divulgado, enalteceu a relação próxima da jurista com a organização, partilhando a convicção de que o acesso à água potável e ao saneamento é essencial para a saúde, a dignidade e o futuro das crianças, e recordou a sua energia, rigor e empatia que diz ter inspirado muitas gerações de profissionais e defensores dos direitos humanos.
O trabalho de Catarina de Albuquerque também foi enaltecido pelo Ministério Público, que numa nota na sua página de internet lembra que, em 2014, presidiu à parceria Water and Sanitation for All, dedicada a inventariar carências em matéria de condições de acesso à água e de criação de redes de saneamento.
A NOVA School of Law, onde Catarina de Albuquerque era presidente do Conselho da Faculdade, em comunicado, enalteceu o exemplo de liderança da jurista, além do seu trabalho, visão e dedicação que inspiraram a comunidade académica.
A morte de Catarina de Albuquerque, na terça-feira, foi comunicada pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, onde a jurista foi vice-presidente da direção entre 2013 e 2019, recordando que o seu trabalho que foi distinguido com a Medalha de Ouro dos Direitos Humanos e com a Ordem de Mérito.
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