O reforço da equipa, agora composta por quatro magistrados, foi determinado por decisão do procurador-geral da República, que nomeou Hugo Neto, também procurador no caso Operação Influencer, que levou à queda do governo de António Costa, e no caso EDP, que terminou com a condenação do antigo presidente do Banco Espírito Santo Ricardo Salgado e do ex-ministro da Economia Manuel Pinho.
"Além destes, podem igualmente intervir no processo, sempre que tal seja necessário, magistrados do Ministério Público que participaram nas fases de inquérito e de instrução", lê-se na nota publicada pela PGR.
O procurador Hugo Neto junta-se aos três procuradores que têm feito perguntas aos arguidos e testemunhas do processo Operação Marquês desde o início do julgamento - Rómulo Mateus, Rui Real e Nadine Xarope.
O julgamento começou no dia 03 de julho, no Tribunal Central Criminal de Lisboa, e já foram ouvidos alguns dos arguidos, incluindo o antigo primeiro-ministro José Sócrates, e várias testemunhas.
No total, o processo conta com 21 arguidos, que têm, em geral, negado a prática dos 117 crimes económico-financeiros que lhes são imputados. José Sócrates, principal arguido deste processo, responde maioritariamente por corrupção e branqueamento de capitais.
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