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Marques Mendes defende maior investimento no ensino do português lá fora

O candidato presidencial Luís Marques Mendes defende que Portugal deve fazer um "maior" investimento no ensino do português nas comunidades portuguesas, para reforçar a influência da língua no mundo e os laços com os emigrantes.

Marques Mendes defende maior investimento no ensino do português lá fora

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Image

Lusa
05/10/2025 15:40 ‧ há 2 dias por Lusa

Marques Mendes está hoje em pré-campanha em Paris, cidade onde, durante dois dias e meio (de 04 a 06 de outubro), mantém contactos com a comunidade portuguesa, depois de nos dois dias anteriores ter passado pelo Luxemburgo (em 02 e 03 de outubro).

 

Em declarações à Lusa, por telefone, a partir da capital francesa, o ex-presidente do PSD considera ser preciso mobilizar mais investimento para escolas no estrangeiro e para captar mais professores para o ensino da língua no estrangeiro.

"É preciso uma maior aposta, um maior investimento no português", diz, defendendo a criação de incentivos para os docentes se fixarem nas comunidades portuguesas.

"Se não investimos, evidentemente que o português tende a esvaziar-se. Vou colocar todo o enfoque e a minha magistratura de influência nesta prioridade [enquanto Presidente da República]", promete, lembrando que o manifesto por si lançado em setembro dedicado às "comunidades portuguesas" tem como prioridade reforçar a aposta na cultura, na língua e no ensino do português.

"Ando a dizer isso há muito tempo e constatei aqui em Paris esta total sintonia [de pensamento]: a comunidade sente-se bem, tem uma boa relação com Portugal, está muito bem relacionada com as autoridades e com as elites francesas, mas sente que, se não houver mais investimento na língua portuguesa, evidentemente que o português tende a perder importância", sublinha.

No manifesto, Marques Mendes recorda que, enquanto secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros do segundo Governo de Cavaco Silva, criou nos anos 1990 a RTP Internacional, e sublinha que um Presidente da República deve usar a sua magistratura de influência para fazer das comunidades portuguesas um grande ativo estratégico.

À Lusa, insiste que a língua tem nesse caminho um papel central.

"Portugal não pode entrar nesta contradição: estar a defender, e bem, que o português seja uma língua oficial das Nações Unidas -- é uma pretensão justa, correta e legítima --, mas depois não investimos, tanto quanto deveríamos, no ensino do português junto das comunidades", fundamenta.

Luís Marques Mendes, que tem o apoio do PSD, decidiu começar no Luxemburgo a pré-campanha nas comunidades, por ser um país onde a população portuguesa "é muito significativa", representando quase 20% do total.

Nos dois dias de contactos no Grão-Ducado, diz ter constatado que "a comunidade portuguesa, que é adorada pelas autoridades do Luxemburgo, tem muito prestígio, é muito respeitada".

Em Paris, onde está desde sábado, afirma ter encontrado uma comunidade bem integrada.

"Estar em Paris é como estar em Portugal. Paris é, de facto, uma cidade que tem grandes valores, grande cultura e grande história, mas uma parte grande da história moderna de Paris tem a ver com a comunidade portuguesa, que é exemplar", nota, partilhando, de seguida, três apontamentos sobre o que tem observado.

"Primeiro, é uma comunidade que está muito integrada na sociedade parisiense. Segundo, é uma comunidade que não cria problemas, pelo contrário, ajuda a resolver os problemas da França. Em terceiro lugar, tem um sentimento muito positivo, embora entenda - e eu subscrevo totalmente - que há neste momento uma lacuna séria da parte de Portugal: é preciso uma maior aposta, um maior investimento no ensino do português, na língua portuguesa", reforça.

Entre outras ações de pré-campanha, Marques Mendes tem agendada uma visita guiada à Catedral da Notre Dame, em cuja reconstrução participaram várias empresas de portugueses. Ao final da tarde, é recebido pelo embaixador de Portugal e, na segunda-feira de manhã, visita o Consulado Geral de Portugal e almoça com a Associação dos Autarcas Portugueses de França.

Leia Também: Marques Mendes mantém 'Festa do Livro' em Belém se for eleito Presidente

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