Pelas 11h30, a banda da Guarda Nacional Republicada (GNR) chegou à Praça do Município, em Lisboa, sob o olhar atento de poucas dezenas de turistas, onde já se encontrava o presidente da Câmara Municipal, Carlos Moedas.
Cerca de 30 minutos depois, chegou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a esta que será a sua última cerimónia do 05 de Outubro em funções.
Seguiu-se o hino nacional, entoado pela banda da GNR, e o içar da bandeira a partir da varanda principal da Câmara.
O ato solene contou com as principais figuras do Estado, nomeadamente, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, além de Carlos Moedas.
A cerimónia foi restrita a convidados institucionais, recebidos no interior da Câmara de Lisboa.
Em 12 de setembro, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha avisado que a celebração não teria discursos e apenas o içar da bandeira, devido à campanha para as eleições autárquicas, que se realizam em 12 de outubro.
Esta não é a primeira vez que a comemoração da implantação da República Portuguesa decorre sem intervenções políticas. Já em 2019 foi realizada uma cerimónia sem discursos por coincidir com o dia de reflexão para as eleições legislativas.
O 05 de Outubro voltou a ser feriado nacional em 2016 - tinha sido eliminado em 2013 pelo anterior Governo PSD/CDS-PP - e é uma das quatro datas anuais em que o chefe de Estado tem discursos protocolares, juntamente com o 25 de Abril, o 10 de Junho e Dia de Ano Novo.
Nas eleições autárquicas, que decorrem entre as 08h00 e as 20h00 de 12 de outubro, os eleitores vão eleger os órgãos dirigentes de 308 câmaras municipais, 308 assembleias municipais e 3.221 assembleias de freguesia.
Outras 37 freguesias vão escolher o executivo em plenários de cidadãos, por terem menos de 150 votantes.
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