O homem e a mulher foram detidos na quinta-feira, referiu a PJ numa nota enviada à agência Lusa.
"Todas as burlas foram efetuadas através de métodos de engenharia social, tais como as burlas 'Olá pai, Olá mãe', SMS para pagamento de encomendas e despesas em instituições públicas".
Os detidos terão também recorrido a burlas através do 'Marketplace', "com a suposta prestação de serviço de táxi de longo curso, que obrigava a parte do pagamento do serviço que nunca foi prestado".
"Os suspeitos marcavam ainda encontros online, através da aplicação 'Grindr', direcionada à comunidade LGBT, e trocavam fotos de cariz sexual com as vítimas. Posteriormente, ameaçavam-nas com a publicação das referidas fotos caso não lhe fosse entregue uma determinada quantia de dinheiro".
A ação do Departamento de Investigação Criminal da PJ da Guarda já permitiu a identificação de cerca de 300 vítimas, espalhadas por todo o país, com 120 queixas-crime formalizadas e identificadas.
As autoridades estimam que, para já, o dano apurado atinge mais de um milhão de euros, "dissipado por várias contas bancárias pertencentes a vários angariadores".
Na operação foram ainda constituídos arguidos outros elementos que participavam no esquema criminoso, as chamadas 'mulas', cuja atividade já cessou.
Os detidos, maiores de idade, vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das adequadas medidas de coação.
A investigação prossegue, num inquérito que é titulado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Castelo Branco.
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