Uma porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP) disse "atualmente não se encontra qualquer manifestante à porta do MUDE nem junto à embaixada de Israel".
Mais de mil manifestantes marcaram na quinta-feira presença num protesto, em Lisboa, para exigir a libertação dos cidadãos portugueses detidos por Israel, em embarcações com ajuda humanitária da Flotilha Global Sumud.
No protesto, organizado pelo movimento de solidariedade com a Palestina e que começou em frente à Embaixada de Israel, estiveram presentes adultos, jovens e crianças que exibiam a bandeira da Palestina e o lenço simbólico palestiniano Keffiyeh.
Na quinta-feira à noite, mais de cem pessoas transferiram o protesto para o Mude, onde decorreu um debate entre os candidatos à Câmara de Lisboa, obrigando a corte da Rua Augusta em ambos os sentidos.
Os manifestantes pediram sanções a Israel e a demissão do atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.
Por volta das 00h20 de hoje, os manifestantes bloquearam o carro da candidata à Câmara de Lisboa pelo Partido Socialista, Alexandra Leitão, que foi obrigada a regressar ao Mude.
A socialista desvalorizou o incidente em declarações à RTP. Esta estação transmitiu imagens do interior do museu, onde os candidatos conversavam em pequenos grupos.
A porta-voz da PSP de Lisboa disse à Lusa que "não houve necessariamente um bloqueio" à saída dos participantes no debate.
A polícia "garantiu que cada um dos candidatos saía do edifício de acordo com as condições" e através da "aplicação de medidas de segurança", acrescentou a mesma fonte.
As forças israelitas intercetaram entre quarta e quinta-feira a Flotilha Global Sumud, com cerca de 50 embarcações, que se dirigia à Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária, detendo os participantes, incluindo quatro cidadãos portuguesesh a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse na quinta-feira esperar que os cidadãos portugueses possam regressar ao país "sem nenhum incidente", considerando que a mensagem da flotilha humanitária foi transmitida.
Também foram detidos 30 espanhóis, 22 italianos, 21 turcos, 12 malaios, 11 tunisinos, 15 brasileiros e 10 franceses, bem como cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, México e Colômbia.
Os organizadores denunciaram a falta de informação sobre o paradeiro de 443 participantes da missão humanitária.
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