"O júri das Bolsas Literárias Penguin 2025 deliberou, por maioria, atribuir a Bolsa de Ensaio a Catarina Barros e a Bolsa de Ficção Narrativa a Carolina Novo", anunciou o grupo Penguin Random House Portugal, em comunicado.
Para a seleção de finalistas e vencedoras, pesaram critérios como o domínio da língua, a qualidade da amostra do manuscrito, a criatividade e a originalidade da proposta, explica o júri, que foi composto pela jornalista e escritora Inês Fonseca Santos, pelo escritor João Tordo, pela diretora editorial da Penguin, Clara Capitão, e pelas editoras Diana Garrido, Eurídice Gomes e Madalena Alfaia.
Nas palavras de Clara Capitão, as vencedoras "conquistaram o júri pela qualidade e originalidade dos manuscritos submetidos, e pelos promissores projetos literários" que partilharam, além de terem demonstrado a importância da bolsa para poderem dar continuidade ao trabalho iniciado.
A responsável revelou ainda que tanto o volume de propostas apresentadas, como "a qualidade e o rasgo de muitas delas" foram recebidos com entusiasmo pela editora.
"É estimulante, para quem trabalha todos os dias com livros e escritores, testemunhar a energia criativa que estas Bolsas suscitaram e antever nas propostas que nos chegaram uma expectativa de rejuvenescimento do panorama literário nacional", sublinhou Clara Capitão.
Catarina Barros nasceu em Lisboa em 1984, licenciou-se em Filosofia, com uma pós-graduação em Estudos Sobre as Mulheres e atualmente é gestora de ciência no Instituto de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa.
Tem textos de prosa, poesia, ensaio e teatro publicados em várias antologias e revistas.
Carolina Novo nasceu no Porto em 1995, onde atualmente reside, mas cresceu em Vila Real. Formada em Relações Internacionais e Política, é mestre em Estudos Literários, Culturais e Interartes.
As Bolsas Literárias Penguin foram anunciadas em abril deste ano, no Dia Mundial do Livro, como um projeto para "dar voz à ficção nacional, bem como, através de obras ensaísticas, incentivar a reflexão e o debate em torno de temas da atualidade, para procurar respostas a um mundo cada vez mais complexo".
Na altura, o grupo editorial esclareceu que "esta iniciativa pretende criar condições para a escrita de dois projetos de mérito", visando "cidadãos portugueses, ou residentes em Portugal, que escrevam em língua portuguesa e que demonstrem voz e talento literário".
Cada bolseiro recebe a quantia de 7.500 euros, a serem atribuídos em duas parcelas, metade na assinatura do contrato de aceitação da bolsa e a outra metade no ato da entrega do manuscrito elaborado com a respetiva bolsa.
Os candidatos devem ter idade superior a 18 anos, escrever em língua portuguesa e não podem ter nenhum livro publicado nas chancelas da Penguin.
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