O Ministério dos Negócios Estrangeiros condenou, esta sexta-feira, a entrada de aeronaves militares russas no espaço aéreo da Estónia, a quem dirigiu a sua “solidariedade”.
"Portugal condena veementemente a violação do espaço aéreo da Estónia por parte da Rússia. Este é o terceiro ato de provocação da Rússia no espaço aéreo da União Europeia, em apenas alguns dias", escreveu o organismo tutelado por Paulo Rangel, na rede social X (antigo Twitter).
E complementou: "Portugal demonstra solidariedade para com a Estónia. A agressão russa tem de chegar ao fim."
Saliente-se que o governo da Estónia denunciou a entrada de três caças russos no espaço aéreo do país, onde alegadamente permaneceram, sem permissão, durante 12 minutos, e convocou o representante de Moscovo.
Portugal condena veementemente a violação do espaço aéreo da Estónia por parte da Rússia. Este é o terceiro acto de provocação da Rússia no espaço aéreo da União Europeia, em apenas alguns dias.
— Negócios Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) September 19, 2025
🇵🇹 demonstra solidariedade para com a 🇪🇪. A agressão russa tem de chegar ao fim.
Entretanto, a NATO criticou mais um "exemplo de comportamento perigoso" por parte da Rússia, e deu conta de que intercetou as aeronaves.
"Hoje, cedo, caças russos violaram o espaço aéreo da Estónia. A NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] respondeu imediatamente e intercetou as aeronaves", escreveu a porta-voz da NATO, Allison Hart, nas redes sociais.
Por seu turno, a Alta Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança da União Europeia (UE), Kaja Kallas, apontou que "a violação do espaço aéreo da Estónia por aeronaves militares russas é uma provocação extremamente perigosa", nas redes sociais.
O incidente, que ocorreu no país da chefe da diplomacia europeia e ex-primeira-ministra da Estónia, "aumenta ainda mais as tensões na região", referiu na mesma mensagem publicada nas redes sociais. Prometendo "toda a solidariedade" do bloco comunitário, Kaja Kallas disse que a UE "não pode demonstrar fraqueza".
Pouco depois, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recorreu igualmente às redes sociais para afirmar que a UE "vai responder a cada provocação com determinação".
"À medida que aumentarem as tensões, também aumentará a nossa pressão", prometeu.
Já o presidente do Conselho Europeu, António Costa, escreveu que a UE está "firmemente solidária" com Tallin, criticando a "violação inaceitável" do espaço aéreo da Estónia.
O antigo primeiro-ministro de Portugal pediu um reforço do "flanco leste" da UE para enfrentar estas ameaças e disse que este incidente e outros semelhantes, assim como a resposta às provocações da Rússia, serão um dos temas da reunião do Conselho Europeu informal, no início de outubro, em Copenhaga, na Dinamarca.
Este incidente é o terceiro nas últimas duas semanas, depois da invasão do espaço aéreo da Polónia por drones russos, que desencadeou uma intervenção da Força Aérea polaca, e de um episódio semelhante na Roménia.
Na altura, também a NATO prometeu apoio total aos países que sofreram estas incursões momentâneas nos respetivos espaços aéreos.
Os Estados Unidos da América prometeram igualmente defender "cada centímetro" do território da NATO, do qual estes três países do leste europeu fazem parte.
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